Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

26 anos, 28 vitórias, 10 vencedores: recorde a história de Portugal no Dakar

Atualizado
26 anos, 28 vitórias, 10 vencedores: recorde a história de Portugal no Dakar
26 anos, 28 vitórias, 10 vencedores: recorde a história de Portugal no DakarFacebook/Paulo Gonçalves
Apesar da primeira edição da prova ter sido realizada em 1979, a primeira vitória aparece quase 20 anos depois, em 1997. Desde então Portugal e o rali que começou em Paris têm andado de braços dados, com o nosso país a conquistar quase duas dezenas de vitórias em menos de três décadas.

Todos os anos são muitos os portugueses que se aventuram na maior prova de todo-o-terreno do mundo. Os desportos motorizados são uma das grandes paixões dos portugueses que, inclusivamente, chegaram a receber duas edições do Dakar: a corrida despediu-se da Europa em 2006 e 2007, com a partida a ser dada em Lisboa. De notar que Portugal também iria receber a edição de 2008, mas a prova acabou por ser cancelada devido às ameaçãs de um ataque terrorista.

Na edição em que Portugal alcançou duas vitórias (às quais se junta a de Mário Patrão na categoria Original by Motul), o Flashscore apresenta-lhe os pilotos portugueses que venceram no Rali Dakar nas categorias principais, bem como as 18 vitórias na íntegra.

1997: Duarte Guedes e Paulo Marques

A primeira vitória portuguesa surgiu à 19.ª do Dakar. No dia 14 de janeiro de 1997, Duarte Guedes foi o mais rápido a cumprir os 537 quilómetros da tirada que ligou Oclan, no Níger, a Kidal, no Mali, tornando-se no primeiro português a subir ao lugar mais alto do pódio. Na geral, Guedes conduziu o Nissan Patrol ao sexto posto.

Duarte Guedes conquistou a primeira vitória para o nosso país
Duarte Guedes conquistou a primeira vitória para o nosso paísJosé Silva

Nessa mesma edição, Carlos Sousa venceu a categoria T1, destinada a carros de série, e nas motos Paulo Marques venceu a 14.ª etapa, ajudando Portugal a alcançar uma das melhores prestações de sempre na prova. Com a sua KTM 660 Rally, o piloto de Famalicão venceu a Classe Maratona e terminou a geral em oitavo.

2000: bis de Carlos Sousa

O último ano do século passado trouxe novo feito inédito para o automobilismo português: Carlos Sousa e o co-piloto João Luz venceram duas etapas na mesma edição da prova. Aos comandos de um Mitsubishi Strakar, a dupla portuguesa triunfou na 1.ª e 6.ª etapas do Paris–Dakar–Cairo. Todavia, a 13.ª etapa foi de infortúnio para Sousa, já que foi obrigado a desistir após despenhar-se de uma duna com 15 metros de altura.

Neste ano, Ricardo Leal dos Santos tornou-se no primeiro português a participar nos quads.

2001 (e 2003): depois da tempestade...

Destinado a terminar o que não conseguiu no ano anterior, Carlos Sousa voltou ao então Paris-Dakar em 2001, desta feita com a companhia do francês Jean-Michel Polato. A dupla do Mitsubishi Ralliart Portugal triunfou nas tiradas 16 e 19, terminando a geral na quinta posição, a mais de duas horas do vencedor.

A melhor prestação de sempre de um português na geral dos carros apareceu, porém, dois anos depois, com Sousa a terminar na quarta posição, a pouco mais de 11 minutos do pódio.

O quarto de lugar de 2003 não voltou a ser repetido
O quarto de lugar de 2003 não voltou a ser repetidoCarlos Sousa

2002: Bernardo Villar vence em Dakar

A cumprir a 13.ª e última participação enquanto motard, Bernardo Villar fechou com chave de ouro a porta aberta em 1994, altura em que se estreou na prova. O lisboeta triunfou na 15.ª e penúltima etapa, que ligou Kiffa a Dakar... depois de ter partido um amortecedor e a clavícula, dois dias antes.

De notar que nesta edição, Villar organizou a sua própria equipa e contou com o maior de elementos portugueses alguma vez visto na prova, terminando em 15.º na geral e em segundo na classe de Maratonas.

2006: partida em Portugal e vitória portuguesa 

Na primeira edição de sempre do Rali Dakar em solo português, Rúben Faria deu o terceiro triunfo às motos, conquistando a segunda tirada, que ligou Portimão a Málaga, depois de ter sido segundo em Portimão. Em estreia na prova, o algarvio terminou em 35.º na geral.

2007: quatro vitórias para a história

A segunda e última edição portuguesa voltou a sorrir aos pilotos nacionais. Logo no primeiro dia, Rúben Faria e Carlos Sousa subiram ao primeiro lugar do pódio em Portimão, com Hélder Rodrigues a terminar em segundo, o que significou que Portugal chegou à liderança do Dakar nos carros e nas motos.

A prova prosseguiu para o continente africano e, ao décimo dia de competição, foi a vez de Rodrigues vencer em Néma. Apesar do início prometedor, Faria abandonou a prova e Sousa e Rodrigues terminaram no top-10.

O Dakar esteve em Portugal em 2006 e 2007
O Dakar esteve em Portugal em 2006 e 2007Dakar

2009: de promessa a certeza

A primeira edição do Dakar na América do Sul trouxe a garantia de que Hélder Rodrigues iria dar muitas alegrias ao povo português, embora já o tenha feito anteriormente. À terceira participação, o piloto da KTM voltou a vencer, desta feita na última tirada, que ligou Córdoba a Buenos Aires.

Na geral, ficou na quinta posição e há a destacar ainda o primeiro grande resultado de um longo capítulo desta estória entre Portugal e o Rali Dakar: Paulo Gonçalves terminou em décimo.

2010: nova vitória em Buenos Aires

O segundo ano consecutivo a terminar na capital da Argentina é sinónimo de segundo triunfo português nas motos na capital do país sul-americano. Rúben Faria foi o mais rápido a cumprir a especial de 206 quilómetros entre Santa Rosa e Buenos Aires, com Hélder Rodrigues a terminar em terceiro. O piloto da Yamaha chegou, inclusive, a andar no pódio da geral, mas viria a terminar em quarto. Destaque ainda para os sete pódios portugueses em etapas nas motos.

2011: dobradinha e pódio... em Buenos Aires

Já com as motos a dominarem as melhores prestações portuguesas, Paulo Gonçalves e Hélder Rodrigues venceram duas etapas  consecutivas, a quinta e sexta, e Rodrigues terminou no terceiro lugar da geral, com Rúben Faria em oitavo. Já o Speedy caiu numa tirada e foi forçado a abandonar. Destaque ainda para o sétimo posto de Ricardo Leal dos Santos nos carros.

Hélder Rodrigues terminou no pódio em 2010
Hélder Rodrigues terminou no pódio em 2010Facebook/Hélder Rodrigues

2012: novo bis e uma estreia

Em 2012 o Dakar rumou terminou no Peru, mas antes da consagração dos vencedores, Hélder Rodrigues voltou a terminar no pódio (3.º) e venceu duas etapas nas motos: a nona e a 13.ª. No entanto, o grande destaque desta edição foi a primeira vitória da dupla Ricardo Leal dos Santos e Paulo Fiúza na prova, curiosamente outra vez na última tirada. A dupla terminou a geral no sétimo lugar (Sousa foi sexto) e ajudou a Monster Energy X-Raid Team a vencer por equipas.

2013: continua a profecia do último dia

Rúben Faria chegou a Santiago do Chile na terceira posição e a lutar pela vitória final. A vitória voltou a sorrir ao português na derradeira tirada, com Hélder Rodrigues a ficar em terceiro, e permitiu a Faria subir ao segundo lugar da geral e alcançar a melhor prestação portuguesa de sempre na prova. No Dakar-2012 seis portugueses terminaram nos 10 melhores: Faria, Rodrigues e Paulo Gonçalves nas motos, Paulo Fiúza e a dupla Carlos Sousa/Miguel Ramalho nos carros.

2013 foi o ano da melhor prestação de sempre até então
2013 foi o ano da melhor prestação de sempre até entãoRúben Faria

2014: Carlos Sousa regressa às vitórias

O início da competição em 2014 foi bastante prometedor para Carlos Sousa e Miguel Ramalho, já que os portugueses venceram logo ao primeiro dia - primeira vitória de sempre da Great Wall - e chegaram à liderança da prova. Todavia, os portugueses tiveram um problema no turbo no dia seguinte e foram desclassificados da prova.

2015: Chile trouxe tripla vitória

Com início e fim na Argentina, o Dakar-2015 sorriu aos portugueses na passagem pelo deserto chileno. Em Iquique Hélder Rodrigues conquistou a sexta etapa, no dia seguinte foi a vez de Paulo Gonçalves, no mítico Atacama, e dois dias depois voltou a brilhar Rodrigues em Calama. No final da prova, o Speedy voltou a fazer história, terminou em segundo lugar e igualou a melhor prestação portuguesa de sempre.

Paulo Gonçalves ficou atrás de Marc Coma
Paulo Gonçalves ficou atrás de Marc ComaDakar

2016: nova dobradinha a fechar década de sonho

Paulo Gonçalves, Rúben Faria e Hélder Rodrigues fecharam com chave de ouro as 10 edições seguidas de Portugal a vencer uma etapa no Dakar. Gonçalves e Faria terminaram nos dois primeiros lugares na quarta etapa, com o triunfo a sorrir ao motard de Esposende. Já Rodrigues triunfou em Villa Carlos Paz, a 15 de janeiro de 2016. A partir daí, entrámos num longo período sem vitórias.

2022: em nome do Speedy

Portugal teve de esperar nada mas nada menos que 2.181 dias até voltar a vencer uma etapa do Dakar. Dois anos depois do falecimento de Paulo Gonçalves, Joaquim Rodrigues voltou ao Dakar para homenagear o cunhado e amigo, e conseguiu. A vitória na terceira etapa, em Al Qaisumah esteve envolta de grande simbolismo.

Joaquim Rodrigues levou Portugal de regresso aos triunfos
Joaquim Rodrigues levou Portugal de regresso aos triunfosEPA

2023: Ferreira e Porém colocam nome na história

Na categoria T3, destinada aos SSV, João Ferreira conquistou a oitava etapa da 45.ª edição do Dakar. Três etapas depois foi a vez de Ricardo Porém repetir o mesmo feito, com Ferreira a ficar em segundo na 11.ª tirada da prova. Estes foram os dois primeiros triunfos dos pilotos na prova e os primeiros de Portugal na categoria.