A montanha passou a ser um objetivo para Figueiredo n'O Gran Camiño
“O plano não era entrar na fuga, era guardar-me a mim e o Mathias (Bregnhoj) para a parte final, mas, de início, começaram-se a formar muitos grupos. Na fuga em que entrei, atacaram à minha frente e segui na roda. Não era o plano, mas aconteceu”, começou por explicar à Lusa o trepador da Sabgal-Anicolor.
O acaso ditou a presença de Fred na fuga, mas colocou-o na luta pela classificação da montanha, em que é quarto, após ter sido segundo nas primeiras contagens de montanha do dia, as terceiras categorias do Alto de Paradela e de Alto de Sonán, e quarto na primeira passagem no Alto de San Pedro de Líncora.
“A montanha passa a ser um objetivo, uma vez que já perdi tempo... É um sabor agridoce, porque acho que hoje iria fazer uma boa chegada e iria estar bem na geral, mas gastei muito na fuga e não me alimentei da maneira devida pelo frio e a chuva”, revelou o melhor trepador do pelotão português.
O vice-campeão da Volta-2022, que tem uma declarada aversão à chuva e ao frio, contou que começou “a nem sentir as mãos para ir aos bolsos”.
“Aguentei o melhor possível, felizmente na nossa equipa temos boa roupa para estes dias, apesar de não haver nada que se consiga fazer para não sentir o frio e a chuva, existe sempre maneira de atenuar”, pontuou.
Figueiredo, de 32 anos, mostrou-se satisfeito pelos “muito bons números a nível de watts” neste início de temporada, salientando a prestação na etapa rainha da Volta a Antalya, em que foi 10.º, e na terceira etapa da Volta ao Algarve, na qual andou em fuga.
“Estamos a ter um ciclismo em que cada vez se faz mais watts e onde cada vez existe mais diferenças entre as equipas WorldTour e as continentais”, notou.
O ciclista da Sabgal-Anicolor foi 38.º na segunda etapa d’O Gran Camiño, a 06.24 minutos do vencedor e novo líder, o dinamarquês Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike), ocupando a 37.ª posição da geral, a 06.34.