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Abel Ferreira: "Deus não agradou a todos, muito menos eu"

Abel Ferreira puxou dos galões e respondeu às críticas dos jornalistas
Abel Ferreira puxou dos galões e respondeu às críticas dos jornalistasAFP
O Palmeiras venceu o Santos, por 3-1, na sexta jornada do Campeonato Paulista, está na liderança do grupo D da competição, mas a conferência de Abel Ferreira após o jogo foi tudo menos calma. O treinador português voltou a ser questionado sobre o seu comportamento no banco de suplentes e respondeu... com resultados.

"Quem tem um microfone e uma câmara tem uma arma poderosa. Já me fizeram muita perguntas sobre comportamento... Já viram alguém perguntar sobre o prémio de Mérito Desportivo? De ser Cidadão Paulistano? Já viram algum jornalista falar isso, ou me dar os parabéns do maior orgulho que tive de receber do presidente de Portugal? Sim, tenho de melhorar o meu comportamento na área técnica, mas tenho que demonstrar com exemplos. No mesmo dia que eu fui expulso outros treinadores foram. Viram alguém dizer alguma coisa? Vocês podem escolher o que querem. Eu tenho coisas boas e negativas como todos nós. Ninguém é perfeito. Deus não agradou a todos, muito menos eu. Os adeptos vandalizaram os muros da sede mas hoje chegámos a mais um recorde: número de golos, de pontos, equipa que menos derrotas teve fora, que mais golos fez na Libertadores, mais vitórias na Libertadores... Viram alguém valorizar isso?", começou por questionar Abel Ferreira.

"Querem ver os meus defeitos, tenho alguns. Na área técnica é o que for preciso para ganhar. Sou competitivo por natureza. Uns gostam da minha forma de ser, outros não, mas não estou aqui para agradar ninguém, estou aqui para ganhar. Não vim para o Brasil para fazer amigos. Quando estou a competir é para ganhar. Eu aqui sou um boneco, mostro o que eu quero. O que realmente me interessa é o que os meus jogadores e a minha família pensam", completou o treinador do Palmeiras, elegendo a incompetência como um dos fatores que mais o chateiam no futebol.

"Fico furioso com incompetência, com os preguiçosos, com quem diz que amanhã faz. Sou um homem de trabalho. Quem está comigo está a trabalhar, senão não está comigo. É fácil trabalhar comigo quando todos sabem o que têm de fazer", explicou Abel Ferreira, projetando então esta temporada.

"O futebol é muito volátil. Aqui no Brasil, hoje és o rei e amanhã és uma bosta. É assim que funciona aqui. Temos de estar constantemente a procura do nosso melhor, de nos desafiar a ser melhores. Para sermos competitivos com os adversários temos de ser muito competitivos internamente. Não há reservas, não uso esse termo. A força da nossa equipa é a força do coletivo. Não é o A, B ou C, é o coletivo. Sozinhos não vamos a lugar nenhum. É assim que eu vejo representados muito dos valores que defendo enquanto homem. É um orgulho muito grande ser treinador desta equipa", defendeu o treinador português.