Acordo de futebolistas mais próximo após decisão do caso Diarra
"É necessário um acordo coletivo", disse à AFP Pieter Paepe, advogado do sindicato mundial FIFPRO. "As regras devem ser negociadas entre jogadores e clubes, não cabe à FIFA, uma entidade de direito privado, regular unilateralmente esta relação laboral", defende.
O Tribunal de Justiça da União Europeia decidiu na sexta-feira que certas regras da FIFA sobre transferências internacionais de jogadores são contrárias ao direito comunitário.
"Uma vez que esta decisão terá um grande impacto no futuro do mercado de trabalho do futebol, a inclusão de representantes das ligas e dos sindicatos de jogadores na governação internacional do futebol tornou-se juridicamente essencial", declarou a European Leagues, a associação dos campeonatos europeus, em comunicado.
"Os jogadores compreendem a necessidade de restrições à livre circulação de trabalhadores" no interesse das competições de futebol, explica Pieter Paepe, "mas estas devem ser negociadas pelos jogadores".
Segundo o advogado belga, que também é advogado do sindicato francês UNFP, "a FIFA impõe restrições, não para proteger os jogadores, mas para criar um sistema de transferências entre clubes".
O organismo mundial de futebol defende-se e garante que "tem vindo a melhorar continuamente este sistema há vários anos, não em seu próprio benefício, mas em benefício dos jogadores, dos clubes, das ligas e das associações membros (...) preservando a integridade das competições", afirma o seu diretor jurídico, Emilio Garcia.