Alexandre Mestre é candidato à presidência do Comité Olímpico de Portugal
Natural de Lisboa, Alexandre Miguel Mestre, de 50 anos, junta-se na corrida à liderança do organismo olímpico aos já anunciados Laurentino Dias, que também tutelou o desporto, nos governos socialistas de José Sócrates, José Manuel Araújo, atual secretário-geral do COP, e Jorge Vieira, antigo presidente da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA).
Federado em ténis e praticante de voleibol, Alexandre Mestre é um destacado advogado na área do direito do desporto, sendo ainda professor universitário e autor de diversas obras sobre a legislação desportiva e também o olimpismo.
No comunicado de apresentação da candidatura, Alexandre Mestre assegura encabeçar “um projeto que mobiliza o melhor do legado do comandante Vicente Moura e do doutor José Manuel Constantino, somando-lhe a ambição de querer ir mais longe no apoio aos atletas, aos técnicos, às federações, ao Movimento Olímpico Português em geral”.
O também membro da Academia Olímpica de Portugal (AOP) e do Comité Internacional Pierre de Coubertin propõe-se “afirmar o olimpismo na sociedade e nas instâncias internacionais” e acrescentar “conhecimento e iniciativa, num trabalho conjunto com a Confederação do Desporto de Portugal e com o Comité Paralímpico de Portugal, num reforço do posicionamento no seio da Fundação do Desporto”.
“A candidatura assenta num projeto para três ciclos olímpicos, onde a ambição e os objetivos são claros: mais atletas, mais modalidades, mais recordes, mais diplomas, mais medalhas, mais apoios para as modalidades e uma maior sintonia dos portugueses com os ideais e valores do olimpismo”, remata Mestre.
Além de ter acompanhado a comitiva lusa em Londres2012, Mestre recorda a sua estreia ‘olímpica’, como voluntário nas Jornadas Olímpicas da Juventude Europeia, em 1997, no Estádio Universitário, em Lisboa.
Nos seus eixos estratégicos, Mestre pretende honrar o legado de Vicente Moura e Constantino, mas também promover uma nova ambição olímpica, mantendo a ‘chama olímpica’ durante a olimpíada e não apenas nos Jogos, assim como desenvolver um ecletismo de excelência.
Atualizar, com o contributo das federações desportivas, o Programa de Preparação Olímpica (PPO), reforçar o apoio aos atletas e treinadores, mas também apostar na melhoria das federações desportivas, além de reforçar a educação olímpica e promoção do espírito olímpico, propõe-se, num total de 20 eixos programáticos, criar um canal de divulgação e incentivar a organização de grandes eventos desportivos.
Mestre, que integrou o governo de coligação PSD e CDS, entre junho de 2011 e maio de 2013, é o quarto a apresentar-se na corrida ao COP, juntando-se ao também antigo governante Laurentino Dias, de 70 anos, a José Manuel Araújo, atual secretário-geral do COP, de 60, e a Jorge Vieira, ex-presidente da FPA, de 69.
As eleições do organismo olímpico, liderado por Artur Lopes desde a morte de José Manuel Constantino, em agosto último, devem realizar-se no primeiro trimestre de 2025.