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Análise 11Hack: Estará Giroud à altura de substituir Benzema?

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Análise 11Hack: Estará Giroud à altura de substituir Benzema?
Análise 11Hack: Estará Giroud à altura de substituir Benzema?Profimedia
O núcleo duro de Didier Deschamps sofreu rude golpe com a saída de Kardim Benzema, Bola de Ouro, da convocatória, poucos dias antes da estreia da seleção francesa, diante da Austrália.

O capitão do Real Madrid chegou a um registo de 50,78 golos esperados nas últimas três temporadas da La Liga, pelo sistema métrico xG (golos esperados), que avalia a qualidade das oportunidades criadas. Benzema, de resto, superou os dados e marcou mesmo 55 golos.

Durante o mesmo período, marcou mais 20 golos, a 15,43 xG, na Liga dos Campeões. Uma amostra suficiente de dados e ultrapassagens de xG a longo prazo, deixando claro que Benzema, não só se coloca regularmente em posição de marcar, como é de resto um matador inato.

Os expected goals de Benzema
Os expected goals de Benzema11Hacks

Depois de anunciar a lista final de 26 convocados da seleção francesa para o Mundial, Didier Deschamps deu a entender que os campeões do Mundo em título vão regressar às origens no Catar, com o 4x2x3x1 que dominou em 2018. Sem Benzema, contudo, o substituto apontado é Olivier Giroud, avançado que muitos apontam como o melhor suplente do Mundial. E os dados não refutam essa ideia.

Depois de se transferir para o AC Milan, Giroud fez 42 participações na Série A (um total de 2.836 minutos) nas duas últimas temporadas, tendo marcado 16 vezes. Só Victor Osimhen, do Nápoles, e Edin Dzeko, do Inter, criam mais oportunidades de golo que o francês. Além disso, Giroud é um dos atacantes que melhor defende.

Giroud recupera a posse de bola durante o jogo, é eficaz na pressão e, além disso, excelente no jogo aéreo - em todos estes aspetos, está entre os melhores avançados da Série A. Na época actual, Giroud é mesmo o melhor pelo ar na sua posição. Nos cinco melhores jogadores com a maior percentagem de sucesso, está à frente de Abraham, Beto, Osimhen e Vlahovic.

O radar de produção de Giroud
O radar de produção de Giroud11Hacks

Tchouaméni como uma das forças motrizes

Outro dos assuntos do dia quando se fala da seleção francesa é o facto de chegar ao Catar com o quinto plantel mais jovem da competição, algo que se reflete sobretudo no meio-campo. Enquanto, por exemplo, Giroud e Griezmann contabilizam 224 partidas pela França, Eduardo Camavinga tem apenas quatro. Aurélien Tchouaméni somou, até agora, 14 internacionalizações. O médio mais experiente é, portanto, Adrien Rabiot, com 29 partidas. No final, tudo depende das capacidades do jogador, e podemos descrevê-las com muita precisão através dados.

Tchouaméni exibiu-se no Monaco, em 2021/2022, com uma visão geral de jogo raramente identificada num jogador tão jovem. Aos 21 anos tornou-se no melhor médio defensivo do campeonato francês. Nenhum outro jogador na sua posição parou tantas oportunidades perigosas, nenhum outro jogador interceptou e bloqueou tantos passes, e nenhum outro jogador teve uma taxa de sucesso tão elevada em cabeceamentos. Ganhou 70% dos seus duelos no ar e ganhou a bola 76% do tempo pelo relvado.

Os dados defensivos de Tchouaméni no Monaco
Os dados defensivos de Tchouaméni no Monaco11Hacks

Tchouaméni também um enorme trunfo para a sua equipa no capítulo do passe. Um dos nossos modelos mais complexos é a chamada probabilidade de golo acrescentada (GPA+), ou valor acrescentado por golo; este modelo acompanha todos os toques de um jogador com a bola e mede em quanto aumenta as hipóteses da sua equipa marcar um golo. Podemos monitorizar a GPA+ para passar e driblar ao mesmo tempo, dividi-la em ambas as actividades separadamente ou mapear a forma como o jogador executa nestas actividades em terços específicos do campo.

Entre os seis jogadores que jogaram pelo menos 1.000 minutos na temporada 2021/2022 da Ligue 1, apenas Bruno Guimarães, agora jogador do Newcastle, foi mais benéfico para a sua equipa em termos de passes e corridas perigosas. Matematicamente, o tipo de passe mais valioso naquela época era o diagonal, no espaço intermédio. Este é o passe que Kylian Mbappé vai procurar no Campeonato do Mundo. Tchouaméni ainda não jogou minutos suficientes no Real Madrid para uma análise precisa neste capítulo.

A defesa ganha títulos

No Campeonato da Europa do ano passado, a Dinamarca chegou às meias-finais. Posteriormente, ganhou 11 de um total de 15 jogos disputados, dominou a qualificação para o Campeonato do Mundo no Catar, com uma diferença de golos de 30-3, e terminou em segundo lugar, atrás da Croácia, no seu grupo da Liga das Nações.

Progredir num grupo com França, Austrália e Tunísia não parece ser um grande problema no papel, mas a perspectiva de enfrentar a Argentina, Países Baixos ou Brasil na fase a eliminar exigirá que ponha à prova as suas melhores capacidades defensivas. Este é um dos destaques do atual plantel da Dinamarca e uma das razões pelas quais chegaram tão longe no último Europeu.

Depois do Campeonato da Europa, os dinamarqueses qualificaram-se para este Campeonato do Mundo e permitiram apenas 0,61 xG por partida aos seus adversários, nos sete confrontos que tiveram. No entanto, o seu último jogo de qualificação, contra a Escócia, e os dois jogos seguintes da Liga das Nações, contra França e Áustria, não foram tão positivos no registo defensivo.

A Dinamarca permitiu um total de 26 remates dentro da sua área e uma média de 2,2 xG por jogo. Ganhou duas destas partidas e no jogo contra a Escócia, em vez da tradicional dupla Pierre-Emile Højbjerg e Thomas Delaney, Daniel Wass e Jens Jonsson tiveram uma oportunidade no meio-campo.

Nos quatro jogos finais da Liga das Nações, foi mais uma vez uma Dinamarca mais típica, que não permite aos adversários muitas oportunidades - mas mesmo isso pode não ser suficiente contra as melhores equipas do Mundo. Em suma, alguns remates continuarão a ir entre os postes e Kasper Schmeichel ainda não está a atuar de forma tão fiável no Nice, como o fez pelo Leicester.

De acordo com os nossos modelos, Schmeichel sofreu o mesmo número de golos como se o guarda-redes médio da Ligue 1 estivesse no seu lugar. O dinamarquês também está perto da média do campeonato na grande maioria dos modelos de guarda-redes que avaliam a qualidade de defesas. O selecionador dinamarquês, Kasper Hjulmand, conta igualmente com Frederik Rønnow, do Union Berlin, mas Schmeichel continua a ser a escolha número um.

Os registos de Ronnow, concorrente de Schmeichel
Os registos de Ronnow, concorrente de Schmeichel11Hacks