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Análise Costa Rica: A 'pura vida' dos tomba-gigantes da CONCACAF

Keylor Navas e mais dez: a seleção da Costa Rica
Keylor Navas e mais dez: a seleção da Costa RicaProfimedia
A Costa Rica está mais do que habituada a derrubar favoritos. No Campeonato do Mundo do Brasil, em 2014, eliminaram dois campeões do Mundo, Itália e Inglaterra, na altura em que desfrutavam do melhor momento da carreira de Keylor Navas. No Catar, uma vez mais, os costa-riquenhos ficaram num grupo complicado, com Alemanha, Espanha e Japão.

Introdução

O futebol na Costa Rica é uma religião. A América Latina, uma região onde o desporto é a força motriz que tira a sociedade da pobreza, encontrou um refúgio no futebol. Uma visão. Uma alegria. Os Ticos são uma equipa que conhece a alegria. A tristeza, na equipa das Caraíbas, é ténue. Em tempos recentes, a equipa emergiu como o Gigante da CONCACAF. Sem ruído. Com muito trabalho. Com humildade. Ao contrário do México, que se auto-intitula de Os Grandes Rapazes da América do Norte, quando nunca chegaram sequer a uma meia-final de um Mundial, a Costa Rica tocou no céu no Mundial do Brasil. Dessa competição, porém, restam cinco sobreviventes: Keylor Navas, Oscar Duarte, Celso Borges, Joel Campbell e Bryan Ruiz. Os restantes ou partem para o seu segundo Mundial, porque estiveram na Rússia, ou farão a sua estreia absoluta.

Pontos fortes

A grande força da Costa Rica é a sua formação. Estrutura é uma palavra comum e valorizada no país das Caraíbas. Ordem. Defesa. A capacidade de gerar contra-ataques, graças à velocidade de avançados como Joel Campbell, ex-Sporting, e a capacidade de condução de bola com médios como Bryan Ruiz, também antigo jogador dos leões. 

Além do poder ofensivo, existe a capacidade peculiar de aproveitar os lances de bola parada. Luis Fernando Suarez, selecionador dos Ticos, tem trabalhado e muito os livres e pontapés de canto ofensivos.

A Costa Rica é uma equipa. Em maiúsculas. Todos contam. Desde o avançado até aos defesas. Quando chega a hora das transições, todos contribuem. Desde a última linha até ao ataque. 

A equipa, o coletivo, sempre se destacou numa seleção que no Mundial do Brasil atingiu o seu nível mais alto. Os Ticos, na altura treinados por Jorge Luis Pinto, estiveram perto de chegar às meias-finais. Nos penáltis a Costa Rica perdeu com os Países Baixos e provou que os pequenos também podem fazer coisas interessantes nesta competição. 

A chegada da seleção da Costa Rica a Doha
A chegada da seleção da Costa Rica a DohaFCRF

Pontos fracos

Sendo uma seleção de menor nomeada, a Costa Rica não tem um grande leque de craquues. Há, atualmente, poucos jogadores a dar cartas no futebol internacional. Keylor Navas, capitão de equipa e nome maior do grupo, é suplente no Paris Saint-Germain. O guarda-redes não atravessa um grande momento no clube mas, na seleção, tudo se transforma. Além de indiscutível, é o líder do balneário. Inquestionado.

A Costa Rica é uma seleção que, se começar a ganhar o jogo, dificilmente permite a reviravolta. Manter o marcador a funcionar é um trabalho que a equipa persegue na perfeição. Por outro lado, virar a adversidade é uma fraqueza latente. A Costa Rica sente, e muito, quando sofre um golo. Além disso, normalmente não têm resultados positivos contra adversários que se encontram em melhores condições. Seja no valor teórico, seja na atitude dentro de campo. No espírito.

XI ideal

Keylor Navas - Keysher Fuller, Calvo, Óscar Duarte, Bryan Oviedo - Yeltsin Tejeda, Celso Borges, Gerson Torres, Bennett - Joel Campbell, Anthony Contreras.

Previsão

Sem rodeios: a Costa Rica teve azar no sorteio dos grupos para o Mundial. O Grupo E tem a Espanha e tem a Alemanha, dois dos favoritos, duas das seleções europeias mais fortes. E ainda há o Japão, que deu excelentes indicações na Rússia, em 2018, e parece não ter desacelerado. 

Embora a Costa Rica seja um verdadeiro tomba-gigantes, a previsão do Flashscore é que eles não irão passar da fase de grupos. Os Ticos, em teoria, devem ficar pela primeira fase da competição. A pura vida do país centro-americano será novamente posta à prova. 

Porém, a previsão no Mundial do Brasil, em 2014, foi a mesma. Uruguai, Inglaterra e Itália. Três vencedores de Mundiais contra a Costa Rica. E a Cinderela do grupo ficou com o primeiro lugar. Servirá de inspiração para o Catar?

A comitiva costa-riquenha no Catar
A comitiva costa-riquenha no CatarFCRF