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Análise País de Gales: Sucesso está na mira, mas o primeiro jogo é fulcral

Análise País de Gales: Sucesso está na mira, mas o primeiro jogo é fulcral
Análise País de Gales: Sucesso está na mira, mas o primeiro jogo é fulcralProfimedia
A única participação de País de Gales na fase final de um Campeonato do Mundo foi em 1958, na Suécia, no qual caíram nos quartos de final diante do Brasil de um tal Pelé, na altura com 17 anos.

Com Gareth Bale, de 33 anos, como expoente atual do futebol galês, o país produziu uma série de estrelas ao longo dos anos: Ian Rush, Ryan Giggs, Neville Southall, Gary Speed, Mark Hughes, John Toshack e Craig Bellamy são alguns dos exemplos notáveis.

Da geração atual, Bale, Aaron Ramsey, Chris Gunter e Wayne Hennessey são os mais experientes - com um total de 398 internacionalizações entre todos.

Bale, Ramsey, Daniel James, Harry Wilson, Ben Davies, Joe Rodon e Brennan Johnson são alguns dos talentos mais entusiasmantes que o País de Gales tem para oferecer ao Mundial este ano.

Os galeses ainda não venceram desde que garantiram a qualificação - perdendo quatro vezes a conquistando um empate numa miserável campanha na Liga das Nações. 

Justiça seja feita à Dreigiau: calharam num grupo com Bélgica, Países Baixos e Polónia, e pelo meio ainda disputaram um play-off  de apuramento para o Mundial contra a Ucrânia, realizado a meio das jornadas para a Liga das Nações.

Apesar disso, os resultados durante a qualificação foram bem mais promissores - entre a primavera do ano passado e este verão - com vitórias sobre a República Checa, Bielorrússia, Estónia, Áustria e Ucrânia.

Pontos fortes

Ter Gareth Bale no plantel é certamente uma faca de dois gumes: ao mesmo tempo que dependem do extremo, algo que é compreensível devido à sua qualidade, o brilho de outrora parece já ter desvanescido com o passar dos anos.

Por outro lado, há muita velocidade na salas. Desde Daniel James a Harry Wilson e Neco Williams a Connor Roberts, permite que os jogadores mais técnicos - Joe Allen, Ramsey, Bale, etc - se posicionem de forma a maximizar a sua influência. Basicamente, deixando que os mais jovens façam mais trabalho pesado.

Há também a considerar a experiência ao mais alto nível de Aaron Ramsey. Tal como Bale, é uma das peças chave na máquina galesa e pode fazer as coisas acontecerem em campo.

Pontos fracos

Durante os últimos 12 meses, o País de Gales fez nove jogos e ganhou apenas dois, tendo empatado outros dois e perdido cinco.

Nesses dois triunfos, não conseguiram ganhar por mais do que um golo - ao bater a Áustria por 2-1 e a Ucrânia por 1-0 -, algo que é motivo de preocupação.

Há uma grande dependência de Bale, responsável por criar esses três golos mencionados, ao bisar diante da Áustria e a disparar um míssil de livre que acabou desviado por Andriy Yarmolenko para a própria baliza. Essa dependência excessiva pode ser desastrosa visto que o antigo talismã do Real Madrid não está 100% disponível.

XI Ideal

Hennessey; Davies, Rodon, Ampadu, Roberts, Williams; Allen, Ramsey; Bale, James, Moore

Apesar de não ser a sua posição típica, o técnico Robert Page pode utilizar Bale como ponta de lança. É o papel que desempenha no atual clube, o Los Angeles FC, e uma área do campo onde tem experiência. Com Wilson à espreita nas alas, pode tornar-se numa boa mudança para o ataque. 

uma frente de ataque mais tradicional, pode consistir em Bale sob a direita, Daniel James à esquerda e Kieffer More no meio - que é o onze expectável.

Ramsey e Allen são o par predefinido no miolo, sendo que este último talvez precise de recuperar a sua forma física após lesão.

O sistema usado deve pender para uma linha de cinco defesas, com Ben Davies, Ethan Ampadu e Williams a serem três nomes indiscutíveis.

Principais dúvidsa

A maior batalha interna vai ser provavelmente o terceiro homem do ataque. Daniel James e Gareth Bale são nomes escritos em pedra - caso estejam em boas condições físicas -, mas há um bom número de jogadores que pode completar o treio.

Harry Wilson será talvez a melhor das opções se Bale assumir o lugar do meio, mas Kieffer Moore ou Brennan Johnson seriam as alternativas naturais se Bale jogar numa das alas.

Se o avançado do Los Angeles FC não estiver totalmente recuperado, então a solução poderá colocar os dois nomes já acima mencionados a jogarem ao lado de Daniel James.

Previsão

Os galeses estão num grupo com a vizinha Inglaterra, assim como os Estados Unidos e o Irão. Os Três Leões são favoritos a vencer o Grupo B, mas o segundo lugar está certamente em aberto.

O Irão, de Carlos Queiroz e Medhi Taremi, pode surpreender, embora a juventude dos norte-americanos causem alguma preocupação.

O País de Gales precisa de assegurar nada menos que uma vitória perante o Irão para ter alguma hipótese de seguir em frente.

Não é impossível que a Dreigiau cause um dissabor a Inglaterra, mas esse será - de longe - o jogo mais difícil do grupo.

Por isso, evitar uma derrota diante dos EUA é tão importante como conquistar uma vitória perante o Irão.