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Análise Países Baixos: À terceira é de vez, Van Gaal?

Análise Países Baixos: À terceira é de vez, Van Gaal?
Análise Países Baixos: À terceira é de vez, Van Gaal?Profimedia
Nos Campeonatos do Mundo de 2010 e de 2014, os Países Baixos conseguiram um lugar no pódio. Em 2018, porém, não conseguiram sequer marcar presença. Agora, de regresso aos grandes palcos, os neerlandeses depositam em Louis van Gaal a esperança em mais um sucesso do treinador na pele de selecionador.

Introdução

Louis van Gaal assume pela terceira vez o cargo de selecionador nacional dos Países Baixos, naquela que deverá mesmo ser a última grande competição do treinador de 71 anos. Nas conferências de imprensa é raro ouvir o técnico falar sobre a sua estratégia mas há alguns fatores importantes que são, agora, factuais.

Comecemos desde logo pelo sistema tático. Os Países Baixos vão apresentar-se no Catar com um 5x3x2, sendo que nos 26 convocados Van Gaal fez questão de chamar um dos três guarda-redes para ser o especialista nos penáltis. O selecionador não quis revelar qual mas ninguém pode ficar surpreendido se essa mudança na baliza, caso algum jogo chegar à decisão por grandes penalidades, voltar a suceder, cmo em 2014, quando Tim Krul foi lançado diante da Costa Rica.

Os Países Baixos já estiveram em três finais de Campeonatos do Mundo. Perderam todas. No Catar, porém, estará uma equipa que não cede com facilidade e que há 15 jogos não sabe o que é o amargo sabor da derrota. Poderá Van Gaal conseguir, finalmente, o tão almejado troféu para os Países Baixos?

Pontos fortes

Os adeptos neerlandeses não conseguem chegar a um consenso: na baliza há muita discussão sobre quem deve ser o titular, e muitas dúvidas igualmente no setor defensivo que merece começar de início. Porém, o que menos preocupa os Países Baixos é a defesa.

Virgil van Dijk terminou no segundo lugar na eleição da Bola de Ouro 2019, enquanto Matthijs de Ligt venceu o prémio Golden Boy, em 2018. Já Stefan de Vrij foi nomeado como melhor defesa da Serie A italiana, em 2020. Há mesmo pouco a apontar a este centro da defesa neerlandês, especialmente quando Nathan Aké, Jurrien Timber e Daley Blind são igualmente opções válidas. O facto de nomes como Sven Botman, Pascal Struijk e Micky van de Ven, todos a atuar em ligas europeias de topo, terem ficado de fora dos 26 convocados, diz muito sobre as opções que existem para Van Gaal no setor defensivo.

Outro dos pontos fortes desta seleção é o facto da espinha dorsal já ter muitos jogos em conjunto, com Virgil van Dijk, Frenkie de Jong e Memphis Depay como elos de ligação de todos os outros jogadores.

Pontos fracos

No Mundial de 2014 é verdade que os Países Baixos não tinham tantas estrelas na defesa como agora. Mas tinham Arjen Robben, Wesley Sneijder e Robin van Persie, figuras de proa que podiam fazer a diferença a qualquer altura do jogo. Agora a seleção neerlandesa está no polo oposto, ou seja, não tem atualmente um jogador de ataque que faça a diferença e seja uma estrela num dos campeonatos de topo da Europa.

Em termos de produção ofensiva a seleção neerlandesa tem vindo a apoiar-se na inspiração criativa de Memphis Depay há vários anos. Depois, os adeptos esperam que Cody Gakpo possa continuar na excelente forma que demonstrou na primeira metadde da época no PSV. Os guarda-redes são igualmente de nível significativamente inferior a outros setores do terreno.

XI ideal:

Justin Bijlow - Denzel Dumfries, Jurrien Timber, Virgil van Dijk, Nathan Aké, Tyrell Malacia - Frenkie de Jong, Teun Koopmeiners, Cody Gakpo - Memphis Depay, Steven Bergwijn.

Louis van Gaal prefere um lateral-esquerdo na posição de central pela esquerda, pelo que tudo indica que Nathan Aké vá ser titular neste arranque de Mundial. No centro da defesa Van Dijk é indiscutível e Timber tem tido oportunidades nos últimos jogos, pelo que parte na frente para o lado direito do trio de centrais.

Na lateral esquerda tem sido Daley Blind a opção inicial nos últimos anos mas a época não tem sido de grande fulgor no Ajax, onde passou a ter um papel de suplente, pelo que Tyrell Malacia, que se mudou para a Premier League, pode muito bem ter ganho o lugar.

A lateral-direita é de Dumfries mas se a lesão que sofreu o afastar do jogo de estreia, então Jeremie Frimpong é o substituto óbvio. Apesar de nunca ter jogado pela seleção principal, é o único lateral-direito de raiz nos 26 convocados. Depois, nas duas unidades de meio-campo, Frenkie de Jong e Teun Koopmeiners parecem ser as opções mais lógicas.

Apesar de no PSV nunca jogar nessa posição, Cody Gakpo já revelou que Van Gaal pretende que ele se foque no espaço do número 10, onde Steven Berghuis está na luta pelo lugar. Na frente a titularidade pertence a Memphis Depay e a Bergwijn, sendo que Van Gaal já admitiu que, perante os problemas físicos de Memphis, Vincent Janssen pode muito bem ser opção inicial no arranque do Mundial.

Laranja Mecânica em busca de fazer história
Laranja Mecânica em busca de fazer históriaKNVB

Previsão

Na teoria, os Países Baixos enfrentam um grupo A bastante acessível, pelo que o apuramento parece uma questão de tempo. O próprio Van Gaal já assumiu que o objetivo da federação neerlandesa são os quartos de final mas, ele próprio, sonhava com a conquista do título de campeão do Mundo. Na nossa previsão ficamos por um meio termo, ou seja, a possibilidade da Laranja Mecânica chegar às meias-finais, tal como em 2014.