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Análise Tunísia: Nada a perder, tudo a ganhar

Águias de Cartago têm tendência para contrariar expectativas
Águias de Cartago têm tendência para contrariar expectativasProfimedia
Pela sexta vez na sua história, as Águias de Cartago estão numa fase final de um Campeonato do Mundo, depois de uma autêntica odisseia na fase de qualificação africana. Depois de uma dececionante campanha na Taça Africana das Nações, que terminou nos quartos de final, Mondher Kebaier foi demitido do cargo de selecionador e o seu adjunto, Jalel Kadri (50 anos), subiu na hierarquia no final de janeiro deste ano. A mudança, inicialmente provisória, tornou-se definitiva em março, depois da Tunísia disparar num ciclo de vitórias consecutivas na qualificação para este Mundial.

Introdução

Atrás de França e Dinamarca, os favoritos a passar no grupo D do Campeonato do Mundo, a Tunísia espreita uma surpresa. A estreia acontece dia 22, logo diante do rival teoricamente direto, a Dinamarca, que bem recentemente venceu por duas vezes a França na Liga das Nações - 2-1 no Stade de France, 2-0 em Copenhaga. A Tunísia é o outsider do grupo, sem nada a perder.

As Águias de Cartago foram uma das últimas equipas a divulgar a sua lista de 26 convocados para este Mundial, oito dias antes da data de estreia. A Tunísia, porém, arrancou com um estágio de 16 jogadores, a atuar na África e no Golfo Pérsico, juntando depois outros dez atletas oriundos de outros campeonatos.

Jalel Kadri optou por chamar quatro guarda-redes - Wahbi Khazri, Naïm Sliti, Montassar Talbi e o muito promissor Hannibal Mejbri, prescindindo de Saif-Eddine Khaoui, do Clermont.

Olhando ao passado recente desta seleção, mostou-se em boa forma na Taça Kirin, vencendo Chile (2-0), Japão (3-0) e Ilhas Comores (1-0), caindo apenas aos pés do Brasil (1-5).

Pontos fortes

A Tunísia tem demonstrado uma notável solidez defensiva desde a nomeação de Kadri para selecionador nacional. Nos últimos sete jogos as Águias de Cartago não sofreram um único golo, apostando num sistema de 4x4x3 por sete vezes nos oito jogos realizados desde março. Esta solidez defensiva será a chave para as ambições tunisinas neste Campeonato do Mundo.

Tunísia tem feito da defesa a sua melhor arma
Tunísia tem feito da defesa a sua melhor armaTunisie Football

Pontos fracos

O registo recente da Tunísia demonstra, por um lado, a sua capacidade de corresponder às expectativas, mas, por outro, a tendência para o abismo, com resultados de todo surpreendentes. Na fase de qualificação perderam com Guiné Equatorial e Mauritânia, obrigando a um play-off diante do Mali. E, depois da vitória na primeira mão, um sempre perigoso 0-0 em Rades. 

Uma seleção de altos e baixos, que na CAN terminou o grupo em terceiro e, chegada aos quartos de final, apontada como favorita, perdeu diante do Burkina Faso.

XI ideal

Ben Said - Maâloul, Ghandri, Talbi, Dräger - Laïdouni, Chaaleli, Ben Romdhane - Msakni, Sliti, Jaziri.

Previsão

A Tunísia entra neste grupo D sem nada a perder e, só por isso, tem de ser considerada uma candidata à qualificação, visto a sua especial apetência para contrariar previsões, tanto pela positiva como pela negativa. O jogo contra a Dinamarca, logo na estreia, será um claro indicador das ambições da equipa, sabendo que o adversário é o grande favorito a seguir em frente. Segue-se depois o duelo com a Austrália, onde a vitória será obrigatória, para enfrentar a derradeira jornada, com França, como uma potencial final antecipada para garantir a passagem.