Andebol: Euro 2028 é "principal desafio" do terceiro mandato de Miguel Laranjeiro
“Olhamos para esta coorganização não como um evento apenas, mas queremos promover o Euro 2028, desde a sua preparação, na lógica da oportunidade, envolvendo todos os agentes da modalidade”, disse à agência Lusa Miguel Laranjeiro.
Com a “ambição de chegar sempre mais longe”, o dirigente encara a coorganização do campeonato da Europa de 2028 como “uma oportunidade, daqui até lá, que deixe uma marca forte e indelével no futuro da modalidade”.
Depois de garantida a estabilidade da federação do ponto de vista interno e desportivo, o dirigente tem ainda como objetivo para o terceiro mandato colocar a seleção feminina, tal como já acontece com a masculina, com presença assíduo em Europeus e Mundiais.
“Estamos numa fase de estabilidade, mas com ambição. Nunca assentamos a nossa ação diária em qualquer êxito de momento. Os êxitos são momentâneos, mas são do passado. Olhamos mais para a frente do que para trás”, considerou.
Com a seleção masculina desde 2020 a competir ao mais alto nível, com apuramentos sucessivos para as principais provas internacionais, Miguel Laranjeiro pretende agora que também a feminina, apurada para o Euro 2024, chegue ao mesmo patamar.
Para o dirigente, eleito presidente da FAP pela primeira vez em 2016, a concretização deste desígnio “aumentará a notoriedade do andebol e promoverá a atração de novos atletas”.
“É um desafio permanente, nada é garantido e nós não nos sentamos nos sucessos obtidos. Isso é um erro estratégico brutal. Nós comemoramos os sucessos, com os atletas e treinadores, mas pensamos logo no que vem a seguir”, reafirmou.
Incentivar a prática da modalidade nos mais jovens é outra das apostas sempre presente e, para o próximo mandato, a FAP vai ter um conjunto de apoios para reforçar o programa andebol 4 kids, para “massificar a modalidade nas escolas”.
“É na escola que tudo começa e temos que estar lá com toda a ambição, convicção e determinação, para termos mais praticantes e para continuar a trilhar este caminho de sucesso”, explicou.
Miguel Laranjeiro orgulha-se de liderar uma federação “viável e sustentada, com uma gestão rigorosa e credível” e não esconde a ambição de erguer uma nova sede, algo que não depende apenas do organismo e que “terá que ser feito com responsabilidade e seriedade”.
“A federação tem crescido muito. Temos 14 seleções nacionais em atividade e a estrutura necessita de um espaço diferente onde todos possam estar e não dividir-se em dois ou três sítios por Lisboa. É um objetivo que não depende só da federação, mas vamos lutar por ele”, afirmou.
Miguel Laranjeiro, de 58 anos, é reconduzido sábado na presidência da FAP, no decorrer de uma assembleia eleitoral, em que é candidato único, em Lisboa, e tem a tomada de posse às 13:00, com a presença do secretário de Estado do Desporto, Pedro Dias.