Chocolate suíço sabe bem depois de almoço: Hungria vacila e perde na estreia
Recorde as principais incidências do encontro
A Hungria estava quase há dois anos sem derrotas em jogos oficiais. Um bom presságio para a equipa de Marco Rossi, que, perante estes resultados, aparecia no Euro-2024 com legítimas aspirações para ser uma das surpresas da competição. Por outro lado, a Suíça surgia como quase sempre.
Os anos passam, as mudanças na equipa técnica também foram acontecendo, mas dá a sensação que a identidade suíça mantém-se ao longo dos anos. Sempre com Shaqiri e Ricardo Rodríguez nos convocados, já uma espécie de tradição de verão, a Suíça viajou para a Alemanha com o estilo do costume, mas com novidades para apresentar nos grandes palcos.
A primeira novidade viria a fazer a diferença logo na estreia a titular. Depois de fazer os primeiros minutos no particular com a Estónia, o desconhecido Kwadwo Duah, avançado do Ludogorets, apareceu para abrir o marcador logo aos 12 minutos, materializando a entrada dominante do conjunto suíço.
Inicialmente, o golo foi anulado por fora de jogo, mas o avançado que nasceu em Londres, tem nacionalidade ganesa e é internacional pela Suíça apareceu no momento certo para receber o passe de Aebischer, uma das revelações da magnífica temporada do Bolonha.
Impotente, a Hungria assistiu a 45 minutos de domínio suíço. Como é habitual, não foi preciso obrigar Gulácsi a uma tarde de muito trabalho. Inteligente, a Suíça atacou pela certa e aproveitou as dificuldades húngaras na pressão e o desaparecimento de Szoboslai para levar o jogo para a área adversária.
Vargas (20 minutos) já tinha desperdiçado uma grande ocasião, permitindo a defesa de Gulácsi após erro monumental de Kerkez, mas o génio de Aebischer aproveitou nova passividade húngara para fazer o 0-2 com um remate à entrada área (45'). Tudo fácil.
Para a segunda parte, Marco Rossi precisava de uma verdadeira revolução coletiva, sim, mas sobretudo de mais Szoboslai, do qual a Hungria é claramente dependente.
A Suíça aproveitou a demora húngara para dar essa resposta e controlou o jogo como quis, mas assim que Marco Rossi conseguiu fazer as devidas alterações os primeiros sinais acabaram por surgir.
Barnabás Varga deu o primeiro aviso de cabeça e foi o extremo novamente a aparecer para relançar o encontro (66 minutos), após cruzamento perfeito de... Szoboslai.
O jogo abriu e em alguns momentos deu a sensação de que a Hungria podia ser capaz de chegar ao empate, mas as melhores ocasiões até pertenceram à equipa suíça, que obrigou Gulácsi a uma grande intervenção na sequência de um canto. A margem mínima motivou o risco máximo e o erro de Orbán abriu caminho à confirmação do triunfo suíço. Embolo (90+3 minutos) não tremeu e tirou um chapéu ao guardião húngaro para confirmar a entrada com o pé direito da equipa suíça.
Homem do jogo Flashscore: Aebischer (Suíça)