Andebol: Selecionador feminino ambiciona a vitória nos duelos com a Finlândia
A formação lusa, que integra o Grupo 3 desta qualificação, perdeu os dois primeiros jogos da poule, frente a Países Baixos e República Checa, e precisa agora, para manter as ambições, de triunfar nos desafios desta dupla jornada frente aos nórdicos, que disputa esta quinta-feira, na Finlândia, e a 03 de março, em Matosinhos.
“Temos progredido na performance da equipa e na qualidade do nosso jogo. Temos de assumir que há jogos para ganhar, como é o caso destes. Precisamos de marcar uma posição no andebol internacional e dizer o que pretendemos, que é vencer”, disse o selecionador José António Silva, à Agência Lusa.
O técnico reconheceu que a Finlândia não é um “adversário de primeiro plano, tal como a República Checa e os Países Baixos, que ficaram em oitavo e quinto lugar, respetivamente, no último campeonato do mundo”, mas, ainda assim, considerou que Portugal precisa de ter “cautelas”.
“A Finlândia não tem o mesmo poderio que os outros no grupo, está ao nosso alcance, mas o mais importante é pormos em campo o que temos trabalhado, com uma defesa muito dinâmica e que consiga antecipar-se e um ataque com muita mobilidade que tire partido das qualidades técnicas das nossas jogadoras”, completou o selecionador nacional.
Desde 2008 que Portugal não consegue estar na fase final de um campeonato da Europa, mas José António Silva acredita que a seleção nacional feminina está a “construir bases” para mudar esse paradigma.
“Estamos a tirar partido da experiência acumulada das jogadoras mais velhas e progressivamente a integrar jovens que já beneficiaram de outras condições para o seu trabalho. É nesta mescla que já temos uma base aceitável para este nível, mas percebendo que temos de continuar a construir alicerces, para que, no futuro, possamos competir com adversários mais fortes”, disse o técnico.
O selecionador nacional acredita que esse espaço temporal de crescimento será cada vez menor, valorizando o trabalho que tem sido feito pelas atletas, seleções, clubes e treinadores, para valorizar a competência do andebol nacional.
José António Silva apontou que os bons resultados da seleção masculina têm sido muito importantes para a evolução da modalidade em Portugal, mas apontou que “é injusto fazer comparações”.
“As condições de partida do masculino e do feminino são diferentes. Estas atletas merecem todos o reconhecimento por estarem a encurtar distâncias e acredito que, a curto prazo, podemos alcançar melhores resultados, o que trará mais visibilidade e resultará em mais jovens a praticarem a modalidade”, concluiu o selecionador nacional.