Recorde as incidências da partida
Medalha de bronze nos Mundiais de 2021 e 2023 – este último com um triunfo frente à Suécia (28-27) - e de prata no Europeu-2022, a Dinamarca, que na fase de grupos também venceu as suecas (25-23), sabia o que fazer para chegar ao pódio.
A Suécia, que esteve a apenas um golo de disputar a final, após sofrer uma derrota devastadora por 31-28, após prolongamento, com a França, acusou mentalmente o peso desse momento nas meias-finais, apesar da boa réplica dada.
O duelo nórdico foi marcado pelo equilíbrio nos 10 minutos iniciais, em que a defesa da Suécia se manteve firme, e em que assumiu uma vantagem inicial (5-4), com dois golos seguidos de Jamina Roberts.
Para a Dinamarca este inicio de jogo até poderia ter consequências maiores, não fosse a exibição da sua guarda-redes Sandra Toft, que foi titular no lugar de Althea Reinhardt, e que terminou a partida com 16 defesas e uma eficácia de 40%.
Toft, que defendeu seis dos primeiros 11 remates que enfrentou, foi a principal responsável de um parcial de 4-0 da Dinamarca e de uma seca de cinco minutos sem marcar da equipa sueca, que levou a equipa orientada por Jesper Jensen à liderança por 8-5.
A partir desse momento, a Dinamarca passou a controlar o jogo, com Toft a continuar a fazer defesas fantásticas, e chegou ao intervalo a vencer por dois golos (15-13).
Aos 40 minutos, após o quarto golo da sueca Nathalie Hagman, que a ajudou a tornar-se a primeira jogadora a marcar 40 golos no torneio de Paris-2024, a Suécia também estava com menos dois golos (19-17), após ter estado a quatro.
A Suécia manteve-se na luta pelo bronze com dois golos de desvantagem (23-21), mas, a nove minutos do final, a Dinamarca, letal na sua fase ofensiva, recorrendo ao sete contra seis, alcançou pela primeira vez uma vantagem de cinco (28-23).
A Dinamarca fechou o jogo aos 30-25, com um livre de sete metros falhado pelas suecas, e festejou a conquista da medalha de bronze, que colocou fim a um longo jejum de 20 anos, em que participaram nos Jogos Olímpicos apenas uma vez, que já vinha desde Atenas-2004.
Por outro lado, a Suécia sofreu outra derrota dolorosa num jogo pela medalha de bronze, tal como em Tóquio-2020 (disputados em 2021 devido à covid-19), quando a seleção escandinava perdeu para outro rival, a Noruega (36-19).
A medalha de ouro vai ser disputada entre a detentora do título e anfitriã França e a Noruega.