Brij Bhushan Sharan Singh, presidente da Federação Indiana de Luta Livre durante cerca de dez anos, negou ter-se tocado e ter exigido favores sexuais às lutadoras.
"Uma vez que não cometi nenhum erro, porque é que hei-de admiti-lo?", declarou Singh ao tribunal de Deli esta terça-feira, segundo o canal de notícias NDTV.
Acusado de assédio sexual em junho passado, Brij Bhushan Sharan Singh é um poderoso membro do parlamento do partido nacionalista hindu Bharatiya Janata (BJP). do primeiro-ministro Narendra Modi.
Estas acusações foram feitas publicamente em janeiro de 2023 por Vinesh Phogat, uma das lutadoras mais condecoradas da história do país. As lutadoras organizaram um movimento de protesto em abril de 2023, com uma concentração na capital, para exigir que as suas queixas fossem tidas em conta.
O seu movimento - que foi apoiado por dezenas de atletas do país, incluindo a lutadora Bajrang Punia, medalha de bronze olímpica nos Jogos de Tóquio em 2021, e Sakshi Malik, medalha de bronze olímpica em 2016 - atraiu a atenção mundial.
Substituído como chefe da Federação em dezembro, o Singh não participa nas eleições gerais atualmente em curso, uma vez que o BJP se recusou a apoiar a sua candidatura. O seu filho está a concorrer no seu lugar.