Antoine Griezmann, o fator diferencial do Atlético e uma referência para... João Félix
Antoine Griezmann reconquistou o carinho do Metropolitano. A sua saída para o Barcelona, que incluiu um documentário e demasiado alarido, não foi bem recebida pelos adeptos do Atlético de Madrid. Posteriormente, o clube da capital aproveitou a oportunidade para recuperar um jogador diferenciador depois de não ter atuado como esperado em Camp Nou. Chegou emprestado numa primeira instância e, mais de um ano depois, o acordo de transferência foi ratificado, uma solução aparentemente boa para todas as partes.
O francês tem 25 jogos em LaLiga esta época e já marcou mais do dobro dos golos - oito - que em toda a época passada (três em 26 jogos). Também está de volta ao seu melhor nível quando se fala de assistências - oito. Ainda assim, perde na comparação se nos concentrarmos na Liga dos Campeões, mas a realidade é que não parece ser uma questão individual, mas sim um fraco desempenho coletivo.
O fracasso europeu ficou para trás e a equipa rojiblanca chegou aos nove jogos consecutivos sem perder (desde 8 de janeiro, quando perderam contra o Barcelona). Parte desta "culpa" é de Griezmann, que demonstrou (mais uma vez) que o talento tem lugar com Diego Pablo Simeone, um treinador que resgatou o clube e levou-o a patamares bastante superiores.
Outros elementos chave
É precisamente o substituto do português (e de Matheus Cunha), Memphis Depay, que tem sido um dos jogadores em maior destaque. Demorou algum tempo a convencer Simeone a dar-lhe oportunidades a titular, mas estreou-se no onze com um bis contra o Sevilha e foi decisivo na visita ao Celta de Vigo, apesar de ter começado no banco. A sua média é bastante boa em LaLiga: marca a cada dois jogos.
Ultrapassar a Real Sociedad na tabela não se explica apenas pelos maus resultados dos donostiarras e dos aspetos acima mencionados. Devemos também dar parte da responsabilidade à fiabilidade defensiva. Jan Oblak desempenhou um papel fundamental contra o Girona e não sofreu mais do que um golo em LaLiga depois da visita ao Cádiz, há mais de quatro meses e meio. Embora estejam longe de Ter Stegen e do Barça, os colchoneros são a segunda melhor defesa da competição com 19 golos sofridos, o mesmo registo do Real Madrid.
Um exemplo para João Félix
Embora os seus perfis não sejam iguais, diferença que tem saltado à vista nos últimos tempos, quando conseguimos ver o francês numa posição mais recuada e com funções de médio construtor de jogo, a verdade é que são dois jogadores de qualidade que aspiram a desempenhar um papel de liderança quando se trata de criar oportunidades perigosas e, claro, de estar entre os melhores marcadores e assistentes. Um deles já o conseguiu mais do que uma vez. O outro aponta o dedo ao treinador.
"O Chelsea é uma equipa que gosta de atacar, de ter a bola, de dominar a posse. É o futebol que eu gosto de jogar. Sinto-me muito livre aqui e gosto disto. Adoro", disse João Félix recentemente, protagonista em Stamford Bridge em termos de tempo de jogo, mas sem números notáveis (um golo e um cartão vermelho em sete jogos). Durante o tempo em que esteve na capital espanhola, atingiu o duplo dígito de golos em duas épocas, mas sem se estabelecer como titular ou oferecer a regularidade exigida.
Tem contrato até 2027 porque renovou aquando da saída para o Chelsea, mas no mundo do futebol nada é certo e este aumento do contrato também pode ser interpretada como uma estratégia para obter mais dinheiro no futuro. Parece complicado, além disso, que ele possa voltar a encaixar com o treinador argentino, sobretudo por causa das diferentes declarações e da relação que mantêm. Será que se voltarão a encontrar-se num balneário? A resposta chegára a partir de 1 de julho de 2023...