Do sonho ao pesadelo: México vence Arábia Saudita (2-1), mas está fora do Mundial-2022
Na Arábia Saudita, Hervé Rennard fez três alterações em relação à equipa que perdeu com a Polónia (0-2), na segunda jornada. Al Boleahi e Tambakti entraram para a defesa, com Al Hassan a fazer parte do meio-campo, relegando Al Najei para o banco.
Em relação à equipa que perdeu com a Argentina (0-2), Gerardo Martino fez três alterações no México. Jorge Sánchez regressou à lateral-direita, Pineda e Henry Martín entraram para os lugares de Herrera e Guardado.
Entrada forte, mas sem pontaria
A precisar de vencer, o México entrou mais dominante e não tardou a levar o perigo à baliza saudita. Contudo, o conjunto azteca encontrou pela frente um inspirado Al Owais que mostrou logo a inspiração para uma excelente exibição quando, aos três minutos, negou o golo a Hirving Lozano que aparecia isolado. Foi o mais perigoso dos 11 remates que os mexicanos fizeram na primeira parte, muitos deles a não encontrarem o alvo, mas que mostravam uma equipa que ainda acreditava na hipótese de seguir para os oitavos de final, pese embora ainda não ter nenhum golo marcado e apenas um ponto.
Já a Arábia Saudita, longe de ser a equipa afoita que causou alguns calafrios a Argentina e Polónia, mostrou uma atitude passiva e mais preocupada em garantir o ponto, que poderia ser suficiente mediante o resultado da outra partida. Fora o remate de Kanno, por cima, num livre aos 14 minutos e o cabeceamento de Al Hassan, aos 45+6 minutos, os sauditas raramente se conseguiram aproximar.
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Uma avalanche azteca
A segunda parte trouxe um México novamente ligado à corrente, mas desta vez com melhor pontaria. O primeiro motivo de festa do conjunto de Gerardo Martino surgiu logo aos 48 minutos. Luís Chávez bateu um canto na esquerda, Edson Alvárez tocou ao primeiro poste e Henry Martín surgiu na pequena área para fazer o primeiro golo do México no Mundial-2022.
Uma centelha de esperança que provocou uma erupção nas bancadas do estádio de Lusail que explodiram autenticamente 53 minutos. Chamado a bater um livre, ainda a uma distância considerável da baliza, Luís Chávez não deu hipóteses a Al Owais e fez sonhar os 130 milhões de mexicanos que agora desesperavam por um golo para ultrapassar a Polónia no segundo lugar.
Hirving Lozano (67 minutos) viu Al Owais voltar a negar-lhe a felicidade, Henry Martín (70 minutos) e Luis Chávez (70 minutos) não acertaram com a baliza e Uriel Antuna (88 minutos) viu a festa negada pelo VAR, que assinalou fora de jogo. O golo não aparecia, mas a esperança mexicana não esmorecia e os homens de verde pareciam prontos para lutar até ao último minuto. Como as coisas estavam, o México tinha os mesmos pontos, o mesmo número de golos sofridos e marcados que a Polónia, mas perdia na disciplina (sete cartões amarelos contra cinco) e precisava de fazer mais um tento para anular a decisão por esse critério.
O pesadelo
Contudo, sonho transformou-se em pesadelo, nos pés daquele que é talvez o nome maior do futebol saudita neste momento.. Al Dawsari (90+5 minutos) combinou com Bahebri e colocou a bola no fundo das redes de Ochoa, silenciado o estádio de Lusail.
Acabou com uma vitória amarga a passagem mexicana pelo Mundial-2022. 44 anos depois, o conjunto azteca volta a ficar eliminado na fase de grupos, naquela que é a pior participação desde 1978.
Feitas as contas, o México terminou com quatro pontos, os mesmos da Polónia que leva vantagem na diferença de golos (2-2 contra 2-3) e assim garante a passagem aos oitavos de final. A Arábia Saudita despede-se no último lugar, com três pontos, conseguidos com a vitória diante da Argentina.
Homem do jogo Flashscore: Luis Chávez (México)