Esta designação, resultado de vários meses de reflexão sobre a organização de um evento distinto dos Jogos Olímpicos clássicos, tem ainda de ser aprovada pela 142.ª sessão do COI, que se realiza a 23 e 24 de julho em Paris.
Esta questão é apresentada como uma simples formalidade, após a qual os asiáticos reforçarão ainda mais o seu peso no desporto mundial, onde, nos últimos anos, têm vindo a consolidar a sua posição como anfitriões de várias competições (futebol, Fórmula 1, hipismo, boxe, etc.).
Até ao final do ano, a Arábia Saudita deverá também ser designada como anfitriã do Mundial-2034, em futebol, para o qual é a única candidata.
Em comunicado, o presidente do COI, Thomas Bach, aplaudiu a "grande experiência" do Comité Olímpico Saudita nos eSports. O país tem "mais de 23 milhões de jogadores de eSports", segundo o príncipe Abdulaziz bin Turki Al Faisal, ministro saudita dos desportos.
"O trabalho começará com a seleção de uma cidade e de um local para a primeira edição dos Jogos Olímpicos dos eSports, bem como com o desenvolvimento de um calendário preciso para o evento, os títulos a incluir, o processo de qualificação dos jogadores", disse o COI, que convidou as federações internacionais "que já lançaram uma versão eletrónica do seu desporto" a juntarem-se à futura competição.
Consciente da controvérsia em torno da candidatura desportiva da Arábia Saudita, acusada de tentar desviar a atenção internacional das suas violações dos direitos humanos, Thomas Bach disse estar preocupado com o "respeito pelos valores olímpicos".
O COI insiste no "rápido desenvolvimento" do desporto feminino saudita, nas "reformas regulamentares" que garantem a representação feminina nos conselhos de administração de todas as federações desportivas, bem como na igualdade de remuneração entre atletas masculinos e femininos selecionados pela sua seleção nacional.