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Argentina vence Portugal (4-2) e é campeã do Mundo de hóquei em patins

Mário Rui Ventura
Os dez rostos da Seleção Nacional em San Juan, na Argentina
Os dez rostos da Seleção Nacional em San Juan, na ArgentinaWSG Argentina
Portugal falhou esta madrugada, em San Juan, na Argentina, a revalidação do título de campeão do Mundo de hóquei em patins. A Seleção Nacional esteve a ganhar por 2-0, permitiu a reviravolta para 3-2 e nos derradeiros segundos, já sem guarda-redes, acabou por sofrer o quarto golo.

Estádio Aldo Cantoni absolutamente esgotado, com a organização a retirar cadeiras para superar largamente a lotação de 7500 lugares, um espetáculo de dança que se atrasou e que decorria enquanto a Seleção Nacional tentava aquecer no rinque, um Hino Nacional, numa final de um Mundial, a parar a meio, com os jogadores de Portugal a cantar à capela até ao fim. Nada, mas nada condicionou os atletas da Seleção Nacional.

Três minutos de jogo apenas, 1-0 para Portugal, com Hélder Nunes a assistir Henrique Magalhães, dentro da área. O Aldo Cantoni silenciou-se por momentos. Aos 6' foi a Argentina a festejar mas por poucos segundos, uma vez que Álvarez colocou a bola dentro da baliza de Girão mas com o patim. A resposta portuguesa chegou logo depois, com Hélder Nunes a rematar e Acevedo a defender.

A reação argentina continuou e aos 10 minutos Pablo Álvarez, já dentro da área, após passe de Nicolia, rematou para defesa de Girao, respondendo Portugal, através de João Souto, com remate ao poste (12'). Mena, aos 13', voltou a testar Girão.

Portugal respondeu, uma vez mais, pelo herói da final: aos 16 minutos, após passe de João Souto, Henrique Magalhães bisou e colocou o resultado no 2-0.

A um minuto do final da primeira parte a Argentina pediu tempo de desconto, mudou a tática, colocando três homens na frente, trocando a bola atrás da baliza, e o plano resultou segundos depois, quando Pablo Álvarez passou por trás de Girão e, vendo espaço ao primeiro poste, rematou para reduzir o marcador para o 2-1.

Reviravolta e festa rija em casa

A Argentina levou, para a segunda parte, a mesma estratégia com que tinha terminado a primeira. No entanto, o primeiro lance de perigo dos segundos 25 minutos pertenceu a João Rodrigues, aos 27'. Aos 30' a resposta argentina, com Romero, num remate enrolado, a obrigar Girão a nova defesa apertada.

Aos 32 minutos Telmo Pinto fez falta sobre Nicolia, viu cartão azul e o número 5 da Argentina, na conversão do livre direto, avançou para o 2-2, com Portugal a restabelecer, de imediato, os quatro jogadores de campo.

Portugal respondeu no minuto seguinte, com João Souto a testar Acevedo, antes de Romero, aos 36 minutos, disparar para defesa de Girão, com o braço direito, levando o guarda-redes português a ficar no rinque, em dificuldades.

Aos 39 minutos perda de bola de Hélder Nunes, contra-ataque de Pablo Álvarez, Girão defende mas a bola fica debaixo do corpo do guarda-redes e resvala para a baliza, consumando a reviravolta no marcador, o 3-2 para a Argentina.

A três minutos do final, e por duas ocasiões, João Rodrigues ameaçou o 3-3, antes da décima falta de Portugal, com um livre direto para a Argentina onde Nicolía proporcionou defesa a Ângelo Girão.

Os dois últimos minutos foram, claro, de muitos nervos, paragens e de risco total para Portugal: a um minuto e meio do fim, Renato Garrido apostou no 5x4, retirou Girão da baliza, lançou Gonçalo Alves e Soto esteve pertíssimo do 3-3. Ezequiel Mena, porém, a 13 segundos do final, sem guarda-redes português na baliza, fez o 4-2 e fez eclodir a festa argentina no Aldo Cantoni.

França no pódio, Alemanha em último

Nos outros jogos do dia, a Alemanha ficou no 8.º e último lugar do Campeonato do Mundo, depois de ter saído derrotada frente ao Chile, por 2-4, no jogo de atribuição do 7.º e 8.º lugares.

Já Angola foi goleada pela Espanha (8-0) e conclui a sua participação no 6.º posto, atrás, naturalmente, dos espanhóis (5.º).

Na luta pelo bronze, a França levou a melhor sobre Itália, mas só no desempate por penáltis- (3-2). No tempo regulamentar imperou o 5-5, sendo que no prolongamento não houve golos. Foi a primeira vez na história que os franceses terminaram no pódio de um Mundial.