Mais de 80 atletas medalhados nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 deslocaram-se a Bruxelas para o Memorial Van Damme para competir pela vitória na pista do Estádio Rei Balduíno.
Nova batalha Richardson-Alfred
Uma das principais atracções será a corrida de 100 metros femininos na sexta-feira, com mais uma batalha emocionante entre a americana Sha'Carri Richardson e Julien Alfred, de Santa Lúcia.
Esta última foi campeã olímpica, surpreendendo a velocista texana, que no último meeting da Liga Diamante, em Zurique (Suíça), se vingou da atleta das Caraíbas.
"Nunca corro contra ninguém, corro por mim e só quero terminar a época em alta", explicou Alfred na quarta-feira.
Richardson também planeia estar na final dos 200 metros de sábado.
Nos 100 metros masculinos, na sexta-feira, os americanos Fred Kerley e Christian Coleman terão como principais rivais os sul-africanos Akani Simbine e Ackeem Blake.
Tebogo, o imparável
O campeão olímpico dos 200 metros, Letsile Tebogo, do Botsuana, é também o homem a bater na final dos 200 metros, no sábado.
A nova estrela do atletismo africano venceu a prova dos 200 metros por três vezes nos encontros pós-Liga de Diamante de Paris, em Lausanne, Silésia (Polónia) e Zurique.
Os norte-americanos Kenneth Bednarek, Erriyon Knighton e Fred Kerley são os principais obstáculos para a conquista do seu primeiro Troféu de Diamante, com a permissão do dominicano Alexander Ogando, quinto na final olímpica de agosto e que já venceu a edição deste ano na capital francesa.
Recorde mundial à vista?
Para além da luta pelos diamantes, a possibilidade de recordes mundiais também paira sobre o estádio adjacente ao simbólico Atomium de Bruxelas.
Como sempre que pega no salto com vara, o sueco Armand Duplantis tem a oportunidade de bater o seu próprio recorde, que estabeleceu no final de agosto na Polónia, com 6,26 m. O saltador com vara, nascido nos Estados Unidos, já bateu o recorde mundial 10 vezes e parece não ter qualquer contestação na sua prova.
Na corrida de média distância, vários recordes mundiais têm vindo a ser quebrados nas últimas semanas.
Emmanuel Wanyonyi, do Quénia, parece estar perto de o conseguir nos 800 metros, enquanto nos 1500 metros o norueguês Jakob Ingebrigtsen, com a autorização dos americanos Cole Hocker e Yared Nuguse, também está a sonhar com ele. Na corrida de 1,5 km, o grande ausente é o britânico Josh Kerr.
Um caso especial nesta ocasião será o da americana Sydney McLaughlin-Levrone, recordista mundial dos 400 metros com barreiras, que não competiu em nenhum encontro deste circuito este ano e não terá como objetivo os títulos.
Participará em Bruxelas como convidada em duas provas paralelas às corridas oficiais de 200 e 400 metros na mesma noite, mas sem o rótulo da Liga Diamante.
Paulino quer prolongar o seu reinado
A dominicana Marileidy Paulino, atual campeã mundial e olímpica dos 400 metros, tem como objetivo um hat-trick nesta distância na Liga de Diamante, onde já venceu em 2022 e 2023. Na sexta-feira, ela será a grande favorita à vitória na pista, onde já venceu cinco provas no circuito da atual temporada.
Nos 100 metros barreiras, a porto-riquenha Jasmine Camacho-Quinn, que desde o bronze olímpico em Paris venceu as três provas que disputou, parece estar em grande forma para o troféu de diamante que lhe escapou há um ano.
Nos 400 metros barreiras, o brasileiro Alison dos Santos será o grande nome a bater em Bruxelas, onde os outros dois grandes nomes da prova, o campeão olímpico Rai Benjamin e o campeão mundial Karsten Warholm, não estarão a competir.
"Adoro correr em Bruxelas, é um sítio com o qual tenho uma ligação especial porque o uso como base quando participo em vários encontros pela Europa", disse o atleta paulista na quarta-feira.