Kipyegon, que não perde na distância desde 2021, assumiu a liderança pouco antes da última volta e depois aguentou o desafio de Diribe Welteji para cruzar a linha em três minutos e 54,75 segundos. Welteji fez o tempo de 3:55.25.
Kipyegon, detentor do recorde mundial e tricampeão olímpico nos 1.500 metros, sorriu e levantou cinco dedos depois de garantir a vitória.
"O meu objetivo era terminar a época da Liga Diamante de uma forma positiva e consegui", disse.
"Foi uma boa corrida, mas definitivamente não foi fácil", assumiu.
Chebet, que ganhou o ouro olímpico nos 5.000 e 10.000 em Paris este ano, chegou a casa com um tempo de 14:09.82, sendo o seu maior adversário o fotógrafo que entrou na pista um na penúltima volta da queniana.
"Não é fácil fazer ainda melhor nos anos seguintes, mas é preciso treinar muito, ter fé em nós próprios e mantermo-nos concentrados", disse Chebet.
"Agora vou regressar ao meu país, festejar com a minha família e tirar umas férias", acrescentou.
Os vencedores em 16 disciplinas ganharam um troféu da Liga Diamante e 30.000 dólares. Outros 16 foram coroados em eventos na sexta-feira.
O americano Kenny Bednarek derrotou o campeão olímpico Letsile Tebogo, do Botswana, para vencer os 200 metros masculinos este sábado, em 19,67 segundos. Tebogo, que se tornou o primeiro africano a ganhar o título olímpico dos 200 em Paris, ficou para trás com 19,80 segundos.
"Este ano choquei algumas pessoas com a rapidez com que estava a correr", disse Bednarek.
"Esta época as pessoas viram um vislumbre do que posso fazer. No próximo ano serei ainda mais rápido e mais perigoso", prometeu.
O campeão olímpico do Quénia, Emmanuel Wanyonyi, ultrapassou Djamel Sedjati, da Argélia, e o canadiano Marco Arop nos últimos 50 metros para vencer os 800 metros masculinos.
Wanyonyi, de 20 anos, que falhou o recorde do mundo por 0,2 há três semanas em Lausanne, fez o suficiente para vencer no sábado com um tempo relativamente lento de 1:42.70.
"Os últimos metros foram muito difíceis, são sempre assim", disse Wanyonyi.
"Mas trabalhei muito para isso e estou feliz por ter conseguido", acrescentou.
O italiano Leonard Fabbri deu ao triplo campeão olímpico Ryan Crouser, dos EUA, uma rara derrota no lançamento do peso masculino, com 22,98 metros no seu primeiro lançamento. Crouser, detentor do recorde mundial, ficou em segundo lugar com 22,79 metros.
"Foi um desempenho muito sólido, mas não tive um lançamento tão grande como o de Leonardo Fabbri", disse Crouser.
"Ele fez o melhor lançamento de sempre. O nível do lançamento do peso nunca foi tão elevado, o que me leva definitivamente a lançar melhor", explicou.
Faith Cherotich, do Quénia, resistiu à campeã olímpica e mundial Winfred Yavi, do Bahrein, para vencer os 3.000 metros obstáculos femininos por meio segundo. Yavi ficou a 0,07 do recorde do mundo em Roma, há duas semanas, mas as condições frias de Bruxelas fizeram com que os tempos fossem mais lentos.
Entre os outros vencedores contam-se a japonesa Haruka Kitaguchi, que deu seguimento à sua medalha de ouro olímpica no lançamento do dardo, com a vitória no último lançamento, e o brasileiro Alison dos Santos e a neerlandesa Femke Bol, que venceram os 400 metros masculinos e femininos, respetivamente.
A americana Brittany Brown venceu os 200 metros femininos, enquanto Jasmine Camacho-Quinn, de Porto Rico, encerrou a sua época perfeita na Liga Diamante ao vencer os 100 metros com barreiras.