Jacobs fez o melhor tempo da época, com 10,02 segundos, para conquistar o ouro. O colega de equipa italiano Chituru Ali ficou com a prata em 10,05 segundos e o britânico Romel Glave com o bronze em 10,06 segundos.
Depois de três sessões pouco concorridas, o Estádio Olímpico recebeu uma multidão numerosa e barulhenta para assistir ao regresso a casa do atleta de Roma, Jacobs, nascido nos Estados Unidos, filho de pai soldado americano e mãe italiana, mas criado por esta última na cidade eterna desde tenra idade.
Foi recebido com entusiasmo pela multidão, que o aplaudiu como se fosse um imperador romano, embora de azul em vez de branco.
Com um sorriso, Jacobs voltou a concentrar-se na pista.
Uma falsa largada quebrou a quietude do Estádio Olímpico, Ali mostrou um cartão amarelo enquanto os velocistas voltavam aos seus blocos e se preparavam para a segunda tentativa.
Desta vez, não houve qualquer erro e Jacobs liderou de forma justa, de pistola a pistola, embora bem pressionado por Ali e Glave.
Um mergulho violento na linha de meta garantiu a Jacobs dois ouros europeus consecutivos, para gáudio do grande público.
Jacobs causou uma reviravolta quando ganhou o ouro olímpico nos Jogos de Tóquio de 2021, adiados pela Covid.
O italiano estabeleceu um recorde europeu de 9,80 segundos para selar essa vitória, conquistando rapidamente um segundo ouro como parte da estafeta de 4x100m.
A esse sucesso seguiu-se a conquista do título mundial indoor de 60 metros em 2022, em Belgrado, e o ouro europeu dos 100 metros no mesmo ano, em Munique.
Seguiu-se uma série de lesões, mas Jacobs mostrou a sua determinação e mudou de treinador no ano olímpico, mudando-se para os Estados Unidos para trabalhar com Rana Reider.