Europeus de Atletismo: Pichardo salta 18 metros, nove anos depois, e não chega para o ouro

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Europeus de Atletismo: Pichardo salta 18 metros, nove anos depois, e não chega para o ouro

Pichardo conquistou a medalha de prata nos Europeus de atletismo
Pichardo conquistou a medalha de prata nos Europeus de atletismoProfimedia
O português Pedro Pablo Pichardo voltou a saltar acima dos 18 metros, nove anos depois, no show da final do triplo salto dos Europeus de atletismo Roma-2024, na qual foi segundo, atrás do espanhol Jordan Díaz.

“Foi uma loucura! Foi um bom show, connosco os dois acima dos 18”, começou por dizer Pichardo, na zona mista do Estádio Olímpico de Roma, enquanto era saudado por vários jornalistas, apesar da pouca rotina em não terminar no primeiro lugar do pódio.

Pichardo saltou 18,04 metros, o novo recorde nacional, superando em seis centímetros os 17,98 que lhe tinham valido a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Tóquio-2020, ficando a 14 centímetros de Jordan Díaz, que também bateu o recorde de Espanha para suceder ao português no historial dos Europeus.

Pichardo foi ainda questionado sobre a concorrência, às vezes rivalidade, com Jordan Díaz, mas também com Andy Díaz, cuja naturalização por Itália se torna efetiva desportivamente em 01 de agosto, mas também com o jamaicano Jaydon Hibbert, com o cubano Lázaro Martínez ou com Hugues Fabrice Zango, do Burkina Faso.

“Foi muito bom, eu estou muito bem fisicamente. Estamos na luta”, repetia, automaticamente, Pichardo, de 30 anos, referindo-se ao desfecho do triplo salto em Roma-2024 e do desafio lançado na disciplina para o futuro, que, obviamente, passa pelo próximo dia 09 de agosto, data da final do triplo nos Jogos Paris-2024.

Pichardo começou o concurso com 17,51, foi ultrapassado por Díaz, com 17,56, e tomou a dianteira com o novo recorde nacional (18,04), com o espanhol a tentar responder, com 17,82 e 17,96, enquanto o português seguia consistente, com 17,55, abdicando do quarto salto, e 17,47.

“Nunca acreditei que tinha ganhado. Fiquei sempre à espera, porque tenho muitos anos no triplo e já sei quando um atleta pode ou não conseguir uma marca. Sabia que estava quase”, admitiu, em declarações à agência Lusa.

No entanto, o concurso virou, com Díaz a assumir a liderança, com 18,18 – o terceiro maior salto de sempre, só atrás do recorde do mundo do britânico Jonathan Edwards (18,29) e do norte-americano Christian Taylor (18,21).

Pichardo recordou que “não saltava 18 metros desde 2015”, mas na passada terça-feira mostrou já estar perfeitamente recuperado dos problemas físicos que o afastaram dos Mundiais Budapeste-2023 e indoor Glasgow-2024.

“Hoje mostrámos que temos mentalidade para saltar 18 metros, que estamos preparados. Hoje em dia, saltar 17,80 ou 17,90 não surpreende muito, acho que todos somos capazes”, referiu, à Lusa.

Sobre a final, Pichardo assegurou que “não tinha nenhuma estratégia, a não ser fazer o melhor”. “Anteontem (no domingo), já tinha avisado que ia ser bom e saltei 18 metros, por isso, aviso hoje que em Paris também vai ser bom”.

A final histórica, que só teve paralelo com a etapa de Doha da Liga de Diamante de 2015, quando Taylor também perdeu uma final, após saltar 18,04… frente a Pichardo, que conseguiu 18,06, ainda como cubano.

“Desde 2015 que não fazia, mas, pelos parâmetros, fiquei abaixo, não sei se foi pela pista. Não gostei muito destas condições, como sabem, não sou bom em pista coberta, e esta plataforma era parecida com isso, por isso, vamos ver em Paris”, prometeu o campeão olímpico, que, sem conseguir revalidar o título, juntou a prata europeia às três medalhas em Mundiais, de ouro em Oregon-2022 e prata em Pequim-2015 e Moscovo-2013.