Destaques do 12.º dia de Paris-2024: Candidatos lusos, batalha no voleibol e recorde atrás de recorde
O dia dos candidatos portugueses
O dia dos portugueses começa logo às 08:30 com a presença de Teresa Portela na canoagem (K1 500 metros), sétima em Tóquio-2020, que tem como objetivo melhorar esse resultado. Por falar em resultados anteriores, Fernando Pimenta chega a Paris podendo tornar-se no primeiro português de sempre a conquistar três medalhas olímpicas. Prata em K2 1.000m em Londres-2012, ao lado de Emanuel Silva, e bronze no K1 1.000m em Tóquio, o canoísta português entra na prova individual às 09:40.
Já depois da estreia olímpica do skater Thomas Augusto na modalidade park (11:30), cujas finais serão disputadas durante a tarde, o foco volta para a pista de tartan onde, às 18:15, Pedro Pichardo vai defender o ouro de Tóquio-2020 no triplo salto, ao lado de Tiago Pereira, outro atleta cotado para ambicionar diploma e medalhas.
Pelo meio, às 14:43, disputa-se a medal race da classe 470 de vela, com Diogo Costa e Carolina João muito longe das medalhas, mas com o diploma olímpico praticamente garantido.
Voleibol
Polónia - EUA, meias-finais masculino
15:00, South Paris Arena 1
O voleibol dos Estados Unidos sofreu um autêntico choque nos últimos Jogos de Tóquio. Depois de uma derrota inesperada contra a Argentina, os tricampeões olímpicos (1984, 1988 e 2008) nem sequer se qualificaram para os a fase a eliminar. O treinador John Speraw não perdeu a confiança, mantendo sete jogadores da lista de há três anos no plantel, e a sua equipa está de facto a jogar com muita confiança. Os norte-americanos passaram pela fase de grupos sem derrotas e até eliminaram o candidato Brasil nos quartos de final.
Mas, nas meias-finais, vão enfrentar uma das melhores equipas do mundo. A Polónia venceu a Liga das Nações de 2023 ao bater este adversário por 3-1 na final, em casa. Composta por jogadores experientes, podem não ter o público frenético a apoiar, mas a equipa é movida pelo desejo de quebrar finalmente a maldição dos Cinco Anéis. Os tricampeões mundiais (1974, 2014 e 2018) terminaram nos quartos de final de cinco torneios olímpicos consecutivos.
Desta vez, porém. já estão entre os quatro primeiros. E no duelo com os EUA, vão tentar voltar à final ao fim de 48 longos anos, tendo vencido a medalha de ouro em Montreal-1976. O último duelo entre ambos, com vitória polaca por 3-2 antes dos Jogos, mostra que desta vez pode ser um drama até à última bola.
Ciclismo de pista
Final perseguição por equipas, masculino
17:25, velódromo de Saint-Quentin-en-Yvelines
O ciclismo de pista terá lugar na quarta-feira à noite. O contrarrelógio por equipas de 4 km produziu um recorde mundial em cada um dos seis Jogos Olímpicos anteriores, inclusive neste! Começou em Sydney, quando o quarteto alemão baixou pela primeira vez o seu tempo para menos de quatro minutos (3:59.710). Mas, nas duas décadas seguintes, essa marca foi ultrapassada em quase 20 segundos!
Aliás, num duelo com os italianos, antigos detentores do recorde mundial em Tóquio-2020 (3:42.032), a Austrália bateu os adversários com a nova melhor marca da prova num estonteantes 3:40.730! Tiraram mais de um segundo ao recorde anterior!
Desta forma, os australianos colocam-se na pole position para se sagrarem campeões mundiais, mas pela frente vão defrontar na final o conjunto britânico que, na primeira ronda, venceu a Dinamarca, nada mais, nada menos, que a campeã mundial da modalidade.
Atletismo
400 metros, masculino
20:20, Paris, Saint Denis
Graças ao icónico Michael Johnson ou ao recorde mundial de 43,03 segundos do sul-africano Wayde van Niekerk, os 400 metros masculinos são uma das jóias tradicionais do atletismo nos Jogos Olímpicos. Mais uma vez, o leque de atletas promete uma final muito equilibrada e desempenhos que poderão aproximar-se dos recordes. Já nas eliminatórias, o norte-americano Michael Norman fez o seu quarto tempo da época, 44,10, para nos lembrar que é o campeão do mundo de 2022. De resto, foi uma batalha entre Matthew Hudson-Smith e Quincy Hall nas últimas semanas.
O norte-americano Hall conseguiu o melhor tempo da época, 43,80, na Liga Diamante, no Mónaco, no início de julho. No entanto, este desempenho excecional foi apagado oito dias depois pelo seu rival britânico. Quanto a Hudson-Smith, o seu recorde pessoal (43,74) tornou-o no primeiro atleta europeu de sempre a correr abaixo dos 44 segundos. O ouro em Tóquio foi conquistado por Steven Gardiner, das Bahamas. Este atleta veio a Paris, participou nas eliminatórias, mas infelizmente cancelou a sua participação antes do início da prova devido a uma lesão.