Impedido de participar nos Jogos Olímpicos de Tóquio de 2021 e nos Campeonatos do Mundo de 2022 depois de ter sido considerado culpado de doping, Bett "teve um colapso e começou a beber muito", disse a sua irmã, Purity Kirui, à AFP na segunda-feira.
Campeão do Mundo de Sub-20 em Bydgoszcz (Polónia) em 2016, Bett era um dos corredores de meia distância mais promissores do Quénia. Mas foi suspenso por quatro anos em agosto de 2018 pela Unidade Mundial de Integridade do Atletismo (AIU) depois de testar positivo para a substância eritropoietina (EPO), que melhora o desempenho. Ele sempre negou o uso desse produto, que estimula a circulação sanguínea.
"Tentámos encorajá-lo a regressar às pistas depois de a sua suspensão ter terminado em agosto de 2022, mas sem sucesso", acrescentou a irmã.
Bett foi internado pela primeira vez no hospital de Kericho (oeste), a sua cidade natal, há uma semana. Foi readmitido na sexta-feira, depois de o seu estado de saúde se ter agravado.
"Ele tinha problemas renais", disse Kirui: "Mas os médicos aperceberam-se que o fígado também tinha problemas. Ambos os órgãos estavam a falhar".
Em 2017, para além da medalha de bronze nos Mundiais, Kipyegon Bett tinha vencido os 800 metros no meeting de Xangai, um evento da Liga Diamante.
O atletismo queniano tem sido atormentado pelo doping há muitos anos. Só nos últimos três anos, várias dezenas de atletas deste país da África Oriental foram sancionados.