Paris-2024: Delegações queixam-se da refrigeração e das camas pequenas
Os apartamentos estão dotados de camas com 90 centímetros de largura e dois metros de cumprimento, embora podendo ser adaptadas às necessidades de desportistas mais altos.
Tal como já tinha acontecido nos Jogos Tóquio-2020, igualmente com leitos de dimensões reduzidas para muitos dos competidores, tem havido observações de que um dos objetivos é evitar o sexo no que temporariamente é considerado o maior hotel do mundo, em zona reabilitada numa área de 52 hectares no norte de Paris.
A organização abordou precisamente esse tema, negando que as mesmas sejam um impedimento para situações íntimas, nomeadamente no que toca à sua suposta fragilidade.
Para confirmar a solidez das camas, um representante da empresa japonesa que as fabricou saltou para cima de uma, comentando, com humor, a resistência das mesmas aos seus 80 quilogramas.
Muitas delegações têm revelado preocupações com a capacidade do sistema de refrigeração das residências, sem ar condicionado, temendo que seja insuficiente, face às elevadas temperaturas tradicionais em Paris no verão.
A organização assegura que a refrigeração subterrânea alimentada por uma pequena unidade central de energia geotérmica é suficiente para garantir que a temperatura nas habitações não ultrapasse os 26 graus celsius.
A construção de raiz contempla 96 prédios nos quais se espalham as 14.200 camas para os desportistas e staff de apoio.
Os atletas, que podem ocupar as residências a partir de 18 de julho, uma semana antes do início do evento, vão ter à disposição inúmeros serviços, incluindo um ginásio que alberga 400 utentes em simultâneo.
Destaca-se igualmente uma cafetaria para encontros com familiares e jornalistas, bem como uma estação de correios.
Vai haver ainda pequenos veículos motorizados para deslocação interna e os painéis informativos espalhados pelo complexo contemplam a parte sonora, uma vez que os apurados para os Jogos Paralímpicos vão ficar instalados no mesmo complexo.