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Paris-2024: Ministro diz que Rússia está disposta a competir sem bandeira nem hino

Próxima edição dos Jogos Olímpicos decorre em Paris
Próxima edição dos Jogos Olímpicos decorre em ParisParis 2024
O ministro do Desporto da Rússia disse esta terça-feira que o país está disposto a participar nos Jogos Olímpicos Paris-2024 sem bandeira nem hino, mas os atletas “não assinarão qualquer declaração” a repudiar a guerra na Ucrânia.

“Essa é uma linha vermelha para nós. Não assinarão qualquer declaração. Nessas condições, os nossos desportistas não participam em competições internacionais”, disse esta terça-feira Oleg Matitsin perante o parlamento russo, a Duma.

Para os russos, o ano que falta até Paris-2024 permite-lhes, como à Bielorrússia, chegar a um entendimento sobre a participação enquanto país no evento, para o qual os atletas terão, segundo as últimas indicações do Comité Olímpico Internacional (COI), de se registar como neutros, sem que tenham manifestado publicamente apoio à invasão da Ucrânia ou façam parte das forças armadas da Rússia.

Um boicote como em Los Angeles-1984, pela União Soviética e em resposta à ação ocidental em Moscovo-1980, de resto, está fora de questão.

Nos últimos meses, os atletas deste país têm participado em provas que qualificam para os Jogos sob bandeira neutra, em torneios como os Mundiais de judo, no Qatar, e de taekwondo, no Azerbaijão, além do Europeu individual de esgrima, na Bulgária.

Os búlgaros, de resto, acolheram este evento após a recusa da Polónia em deixar entrar russos e bielorrussos para os Jogos Europeus Cracóvia-2023, que inicialmente iam albergar o campeonato da Europa individual, determinante no ranking de apuramento.

Em cima da mesa está também a participação nos Jogos Asiáticos na China, entre setembro e outubro, no qual russos e bielorrussos não podem ganhar medalha mas podem tentar chegar a marcas ou tempos de qualificação enquanto atletas neutros, ainda que a Rússia ainda não tenha confirmado a presença.

O COI tem resistido à pressão de vários governos ocidentais, incluindo da Ucrânia, para que impeçam qualquer participação proveniente da Rússia ou Bielorrússia, com mais e mais federações a abrirem as portas a estes atletas, ainda que sob bandeira neutra, caso da ginástica, já esta semana.

No outro extremo está o atletismo, que já tinha sancionado a Rússia por um escândalo de doping financiado pelo Estado, e os mantém de fora, assim como no halterofilismo, mantendo-se dúvidas na natação e outros desportos aquáticos, como no boxe, enquanto o COI impede a participação em eventos por equipas.