Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Paris-2024: Rosa Mota nega que tenha recebido convite do COP para estar em Paris

Rosa Mota, de 66 anos, medalha de ouro na maratona dos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988
Rosa Mota, de 66 anos, medalha de ouro na maratona dos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988Profimedia
A campeã olímpica Rosa Mota negou esta sexta-feira que tenha recebido um convite do presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) para estar presente em Paris-2024, tal como José Manuel Constantino afirmou numa entrevista à agência Lusa.

Rosa Mota, de 66 anos, medalha de ouro na maratona dos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988, e que transportou num dos percursos a chama olímpica de Paris-2024, refere numa nota enviada à Lusa que nunca recebeu o convite para estar presente em França.

A atleta veterana, que continua a somar recordes mundiais no seu escalão, adianta que se esforça por não se envolver em polémicas, mesmo com prejuízo da sua imagem, mas defende que, neste caso, “a mentira ou a nebulosa não podem ficar impunes”.

“Desta vez fiquei particularmente incomodada. E por isso decidi investir o meu precioso tempo a esclarecer a afirmação de quem me parece se preocupa demasiado com a sua notoriedade, nem que para isso tenha que usar o meu nome com meias-verdades”, adianta.

Rosa Mota refere que contactou os serviços do COP, que reconheceram que tinham cometido um erro. Face a isso, colocou um ponto final no assunto, pois acreditava que o organismo, que quer continuar a respeitar, iria recolocar a verdade dos factos e pedir desculpa pelo erro.

Mas, como tal não aconteceu, a campeã olímpica viu-se obrigada, “muito a contragosto”, a emitir um comunicado a esclarecer a situação.

“Ao não explicar o sucedido, ainda pode ficar a dúvida se o que aconteceu foi um lapso ou uma má-fé em que, não se querendo convidar, se diz que se convidou”, refere Rosa Mota.

A atleta acrescenta que, “noutras situações em que o empenho existiu, houve telefonemas que desta vez não existiram”.

“Os organismos e instituições não devem ser lesados por consequência da falta de responsabilidade, categoria ou lisura de quem as gere, por isso sublinho a minha consideração pelo COP enquanto organismo, bem como a minha tristeza por proezas lamentáveis como esta em que me pretendem atingir”, adianta.

Rosa Mota refere ainda que se o convite tivesse chegado em abril, teria, como sempre faz em situações de igual importância e em que a sua resposta tivesse implicações no convite a outras pessoas, informado os serviços do COP da sua “não aceitação”.

Em 23 de julho, numa entrevista à Lusa, José Manuel Constantino refere que, como vem sendo prática, endereçou convites a quatro campeões olímpicos portugueses – o outro, Pedro Pichardo, irá defender o título conquistado no triplo salto em Tóquio-2020.

“Convidámos o Carlos Lopes, que agradeceu, mas que invocou que pela idade, o cansaço, enfim, aquelas coisas todas, prescindia de ir e assistiria aos Jogos a partir de Lisboa. Convidámos a Fernanda, que invocou os mesmos problemas de enquadramento familiar. Convidámos o Nelson (Évora), que agradeceu, mas que foi pai e que, portanto, precisa de dar enquadramento à família. E convidámos a Rosa Mota, que não respondeu”, detalhou.