Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Paris-2024: Um ciclo olímpico de despedidas desportivas

Nélson Évora, medalhado olímpico em Pequim
Nélson Évora, medalhado olímpico em PequimFacebook
A história de Paris-2024 conta-se não apenas pelos atletas que lá estarão mas também por aqueles que escolheram o último ano do ciclo olímpico para se despedirem das suas carreiras, derrotados por lesões ou pela ausência da capital francesa.

A retirada mais importante, inevitavelmente, foi a de Emanuel Silva, vice-campeão olímpico no K2 1.000 metros, ao lado de Fernando Pimenta, em Londres-2012, que decidiu terminar uma carreira de três décadas como canoísta depois de ver esfumar-se o sonho de estar nos seus sextos Jogos.

O bracarense de 38 anos não foi o único, já que também o vizinho Rui Bragança decidiu este ano colocar um ponto final no seu pioneiro percurso no taekwondo, no qual representou Portugal em dois Jogos Olímpicos e conquistou o ouro europeu e prata mundial.

O médico de 32 anos tomou a decisão em março, quando, na derradeira fase de apuramento para Paris-2024, ficou a dois combates de se qualificar, pouco tempo depois de o também vimaranense João Sousa anunciar que se despediria no Estoril Open.

No caso do único tenista luso a ter disputado os quadros de singulares de duas edições de Jogos Olímpicos (Rio-2016 e Tóquio-2020) foram as lesões a negarem-lhe o sonho de estar em Paris-2024.

Se Susana Costa, nona no triplo salto no Rio-2016, virou a página do alto rendimento em março, aos 39 anos, outros fizeram-no ao longo do ciclo olímpico, às vezes sem anúncios formais, como aconteceu com os velejadores José Costa e Jorge Lima.

Sétimos na classe 49er em Tóquio-2020, decidiram abdicar de lutar por nova presença olímpica, que seria a terceira para o algarvio e a quarta para o cascalense, tal como aconteceu com Pedro Fraga, o melhor remador português de sempre, que se retirou após três presenças em Jogos, a última das quais na capital japonesa, onde foi 13.º ao lado de Afonso Costa.

Olímpicos nos Jogos passados, Antoine Launay (slalom), David Varela (K4 500) são duas baixas na canoagem, assim como Joana Vasconcelos, que esteve na capital japonesa e em Londres-2012 e falhou o apuramento para Paris-2024 nos K2 500 metros ao lado de Francisca Laia.

Já o tenista Pedro Sousa, olímpico em Tóquio-2020, e a judoca Joana Ramos (também esteve no Rio-2016 e Londres-2012), puseram um ponto final na carreira, por motivos familiares, Inês Henriques viu a idade pesar, dizendo adeus ao seu percurso enquanto atleta de alto rendimento em outubro passado, depois de ter estado em três Jogos.

Meses antes do anúncio da marchadora, 12.ª nos 20 quilómetros no Rio-2016 e na edição anterior – também esteve em Atenas-2004 -, foi a vez de Alexis Santos, que no Brasil conseguiu o terceiro melhor resultado de sempre da natação lusa ao ser 12.º nos 200 estilos, se despedir.

Menos de dois anos depois de estar na capital japonesa, o nadador de 32 anos anunciou a retirada com o sonho olímpico cumprido, ao contrário de Bernardo Atilano, o heptacampeão nacional de badminton que encerrou a carreira dececionado por ter falhado o apuramento para Paris-2024.

Depois de anunciar “o adeus aos Jogos Olímpicos”, Nélson Évora, campeão olímpico do triplo salto em Pequim-2008, continuou a saltar (mas pouco) e, apesar de recentemente ter dito que ainda quer dar alegrias aos portugueses, não compete desde 10 de junho de 2023, com o futuro da sua carreira a ser uma incógnita.