1968 - Grenoble: Schuss
Tudo começou com um pequeno esquiador chamado Schuss. A designer Aline Lafargue teve apenas uma noite em janeiro de 1967 para colocar a sua ideia no papel e apresentá-la. Para além de porta-chaves, pins e ímanes, Schuss estava também disponível para compra numa versão insuflável.
1972 - Munique: Waldi
Enquanto Schuss ainda era normalmente referido como uma personagem, Waldi foi a primeira mascote olímpica oficial. O funcionário do desporto e dono de um dachshund, Willi Daume, terá tido a ideia da mascote alemã original. Otl Aicher e a designer Elena Winschermann foram encarregados da sua realização. A mascote era mesmo feita de ouro puro. Outro facto curioso: diz-se que o percurso da maratona olímpica de Munique tinha a forma de um dachshund. Com um pouco de imaginação, este facto pode ser confirmado. Woof!
1976 - Montreal: Amik
Montreal prova que nem sempre é preciso ser colorido. Amik significa "castor" na língua dos aborígenes canadianos. O castor aparece também nos brasões de Montreal e Kingston, onde se realizaram as competições de vela. Na perspetiva atual, a mascote parece bastante volumosa, mas continua a chamar a atenção.
1980 - Moscovo: Mischa
Quase nenhuma outra mascote é tão memorável como o sorridente urso russo Mischa. O designer Victor Chizhikov não precisou de procurar muito para encontrar o urso na história do seu país. Os organizadores receberam 45 000 cartas do público, após o que foram criados 60 desenhos, dos quais ficou o de Chizhikov. Misha também foi ao espaço: em 15 de junho de 1978, a mascote voou num foguetão Soyuz para a estação espacial Salyut 6.
1984 - Sarajevo: Vučko
Os Jogos Olímpicos de Inverno de Sarajevo celebraram recentemente o seu 40.º aniversário. O Vučko ainda hoje é omnipresente na cidade. Num concurso, o lobo do pintor Jože Trobec ganhou contra uma bola de neve, uma cabra montesa, uma doninha, um cordeiro e um ouriço-cacheiro. Alegadamente, o objetivo era também polir a má imagem do animal junto da população.
1984 - Los Angeles: Sam
Tão alemã como o dachshund Waldi e tão russa como o urso Mischa, a águia Sam, que saudou os espectadores dos Jogos Olímpicos de 1984 em Los Angeles, é igualmente americana. Inicialmente, estava a ser discutido um urso californiano, mas a ideia foi abandonada durante a Guerra Fria (lembramo-nos de 1980). Aliás, Sam foi desenhado pelo desenhador da Disney Robert Moore.
1992 - Albertville: Magique
Por uma vez, os organizadores dos Jogos Olímpicos de inverno de 1992 optaram não por um animal, mas por um duende com a forma de uma estrela e de um cubo. As cores da criatura mágica baseiam-se na tricolor francesa.
1992 - Barcelona: Cobi
O cão da montanha dos Pirinéus Cobi tornou-se o rosto dos Jogos de verão em Barcelona. Com o seu sorriso simpático e três pêlos espetados, Cobi tornou-se rapidamente um sucesso. A criação de Javier Mariscal também apareceu em 26 episódios do filme de animação "The Cobi Troupe".
1996 - Atlanta: Izzy
O nome da mascote de 1996 foi escolhido por 3300 crianças de 16 países diferentes, que puderam enviar as suas sugestões. 32 crianças americanas decidiram então a favor de Izzy. Foram também as crianças que deram ao homenzinho uma nova cara após a sua primeira apresentação mista em 1992. Ao contrário dos seus antecessores, o Izzy não era um animal, nem uma pessoa ou um objeto. Por isso, o nome do primeiro projeto era apropriado: "Whatizit". Também não temos a certeza...
2000 - Sidney: Syd, Olly e Millie
Pela primeira vez, foram utilizadas três mascotes para publicitar os Jogos Olímpicos de verão em Sidney. Não se tratava deliberadamente de um canguru ou de um coala. Em vez disso, um ornitorrinco (Syd), um kookaburra (Olly) e um papa-formigs (Millie) fizeram a sua grande entrada. Os nomes derivam de Sydney, dos Jogos Olímpicos e do milénio.
2004 - Atenas: Phevos e Athena
As duas mascotes simbolizam a ligação entre os Jogos antigos e os modernos, ambos originários de Atenas. Phevos e Athena assemelham-se a bonecos de terracota em forma de sino, os Daidala, com os quais se brincava no século VII a.C. Phevos e Athena são também irmãos.
2008 - Pequim: Beibei, Jingjing, Huanhuan, Yingying, Nini
Se pronunciarmos as primeiras sílabas das cinco mascotes uma após a outra, o resultado em chinês é: "Bem-vindo a Pequim". As cinco mascotes representam os cinco elementos naturais e as cores dos anéis olímpicos. Se olhar com atenção, descobrirá um panda, um peixe, um antílope, uma andorinha e a criança de fogo - representando a chama olímpica.
2012 - Londres: Wenlock
O fundador dos Jogos Olímpicos modernos, Pierre de Coubertin, inspirou-se nos tradicionais Jogos de Much Wenlock, em Inglaterra. Naturalmente, este facto foi referenciado nos Jogos de 2012 e foi criada a mascote Wenlock.
2016 - Rio de Janeiro: Vinicius
Vinicius é uma mistura de vários animais que vivem no Brasil e uma homenagem ao poeta brasileiro Vinicius de Moraes.
2020 - Tóquio: Miraitowa
O concurso para a criação da mascote estava aberto a todos os japoneses. Foram recebidas mais de 2000 candidaturas, das quais emergiram três finalistas. Os alunos das escolas primárias japonesas puderam então escolher o vencedor: Miraitowa recebeu 109.041 votos de crianças. O pequeno homem com o padrão de tabuleiro de xadrez teve de esperar mais de três anos pela sua aparição - a pandemia de coronavírus adiou repetidamente os jogos.
2024 - Paris: Phryges
A mascote dos Jogos de Paris é um... boné. Sim, ouviu bem. Os bonés frígios são um símbolo francês de liberdade e foram usados em tempos pelos revolucionários franceses. Os frígios podem ser vistos por todo o lado em França - nos selos e nas câmaras municipais. Esta mascote dá um belo toucado. Vamos ver se também consegue inspirar os atletas.