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St. Louis-1904: Racismo e caos na organização ditam novo fracasso

Jogos Olímpicos é um dos eventos mais aguardados pelo mundo do desporto
Jogos Olímpicos é um dos eventos mais aguardados pelo mundo do desportoAFP
Os terceiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, em 1904, ainda não trouxeram um sucesso óbvio ao evento, com o caos organizativo e o racismo a marcarem a edição da cidade norte-americana St. Louis.

Os terceiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, em 1904, ainda não trouxeram um sucesso óbvio ao evento, com o caos organizativo e o racismo a marcarem a edição da cidade norte-americana St. Louis.

Tal como em Paris, os Jogos de 1904 disputaram-se em simultâneo com uma Exposição Mundial, repetindo-se a ausência de público que se tinha verificado em Paris, embora desta vez o evento desportivo tenha sido um pouco menos longo: foram apenas quatro meses, menos um do que na capital francesa.

Inicialmente previstos para Chicago, os Jogos Olímpicos de 1904 acabaram por ser transferidos para St. Louis, graças à intervenção do presidente norte-americano Theodore Roosevelt, devido às comemorações do centenário do Estado do Luisiana.

Além do caos organizativo, os Jogos foram ainda manchados pelo racismo, uma vez que os organizadores decidiram criar provas distintas para que os brancos não tivessem de se cruzar com os outros.

Esta decisão foi mal aceite pelos poucos europeus que participaram numa competição com pontos negativos semelhantes a Paris, mas com menos inscritos (687, entre os quais somente seis mulheres) e um calendário de 102 provas, de 14 modalidades.

Desportivamente, o destaque pertenceu ao irlandês Thomas Kiely, que chocou os norte-americanos ao vencer o decatlo e inscrever o seu nome numa lista de medalhados forçosamente monopolizada pelos anfitriões, com 80 medalhas de ouro – que pela primeira vez eram mesmo desse metal –, 86 de prata e 72 de bronze.

Um dos nomes que marcou negativamente os Jogos foi o do norte-americano Fred Lorz, que venceu a maratona depois de ter percorrido boa parte do trajeto confortavelmente acomodado num automóvel, acabando por ser desqualificado.

Também em destaque esteve Archie Hahn, o meteoro de Milwaukee, vencedor dos 60, 100 e 200 metros, estes com uma marca de 21,6 segundos, que foi recorde olímpico durante 28 anos.

Contudo, o maior exemplo de superação veio do ginasta norte-americano George Eyser, o mais medalhado em St. Louis, com seis metai’, cinco dos quais de ouro, apesar de a sua perna esquerda ser feita de madeira.

Quadro de medalhas:

Estados Unidos: 239

Alemanha: 13

Cuba: 9

Canadá: 6

Hungria: 4

Grã-Bretanha: 2

Gréciab 2

Suíça: 2

Áustria: 1

Equipas mistas: 2