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Tóquio-2020: Covid ameaçou, mas Jogos foram sucesso mesmo sem público

Tóquio recebeu Jogos de 2020
Tóquio recebeu Jogos de 2020AFP
A pandemia de covid-19 esteve perto de obrigar ao cancelamento de Tóquio-2020, mas, um ano depois e sem público, os segundos Jogos Olímpicos no Japão acabaram por decorrer com sucesso.

Desde 1896, ano dos primeiros Jogos da Era Moderna, apenas as duas Grandes Guerras tinham obrigado ao cancelamento do evento, em 1916, 1940, edição que também seria em Tóquio, e 1944.

Com grandes condicionalismos sanitários, em plena pandemia, os Jogos acabaram por ser, desportivamente, um sucesso, com a estreia de modalidades mais urbanas, como o skate, a bicicleta BMX e a escalada, além do karaté.

A jamaicana Elaine Thompson-Herah entrou para a história do atletismo olímpico, ao ser a primeira a defender com sucesso os títulos nos 100 e 200 metros, com a Itália a ser a grande surpresa na velocidade.

Sem o jamaicano Usain Bolt, retirado após o Rio2016, Marcell Jacobs foi o primeiro italiano a chegar a uma final dos 100 metros, que viria a vencer, ajudando ainda os transalpinos a vencerem os 4x100 metros.

Jacobs fez ainda parte de uma das imagens dos Jogos, quando, após vencer os 100 metros, se abraçou ao compatriota Gianmarco Tamberi, que festejava o ouro no salto em altura, o primeiro de sempre a ser dividido, com o amigo Mutaz Barshim, do Catar, depois de ambos terem aceitado não continuar a saltar para o desempate.

Ainda no Estádio Olímpico, Allyson Felix tornou-se a norte-americana mais medalhada no atletismo, ao conquistar a 10.ª (bronze nos 400 metros) e 11.ª (ouro nos 4x400), 16 anos depois da primeira, a prata nos 200 em Atenas-2004, ultrapassando o mítico Carl Lewis.

Nas piscinas de Tóquio, já sem o norte-americano Michael Phelps, a história foi feita por Emma McKeon, que igualou o recorde de medalhas de uma mulher numa só edição dos Jogos Olímpicos, com sete, além de se ter tornado a mais laureada desportista olímpica australiana.

Com ouros nos 50 e 100 metros livres, nos 4x100 livres e nos 4x100 estilos, e os bronzes nos 100 mariposa, nos 4x200 livres e 4x100 mistos, Emma McKeon igualou o recorde da ginasta soviética Mariya Gorokhovskaya.

Aguardada era a presença de Simone Biles, a mais bem-sucedida ginasta norte-americana, e que tinha somado quatro medalhas de ouro e uma de bronze no Rio2016.

Contudo, a estrela norte-americana acabou por desistir no primeiro salto da final por equipas, na qual ainda venceu a prata, abdicando de três das quatro finais de aparelhos, devido a problemas de saúde mental. Voltaria para conquistar o bronze na barra.

No triatlo, Flora Duffy deu o primeiro título olímpico às Bermudas, enquanto Hughes Zango conquistou o bronze no triplo salto, na primeira medalha de sempre do Burkina Faso.

Para Portugal, os segundos Jogos em Tóquio foram os melhores de sempre, com o ouro de Pedro Pichardo no triplo salto, no qual Patrícia Mamona conquistou a prata, além dos bronzes do judoca Jorge Fonseca e do canoísta Fernando Pimenta.

Faltou público para festejar melhor Portugal de sempre

Portugal conseguiu em Tóquio-2020 a sua melhor prestação de sempre em Jogos Olímpicos, com Pedro Pablo Pichardo a tornar-se no quinto campeão olímpico luso, mas sem público para festejar, devido à covid-19.

Pichardo conseguiu o ouro no triplo salto, com Patrícia Mamona, Jorge Fonseca e Fernando Pimenta também a subirem ao pódio, na mais bem-sucedida missão lusa em Jogos Olímpicos, que se disputaram em 2021, devido à pandemia de covid-19.

Nos seus primeiros Jogos por Portugal, Pichardo, nascido em Cuba, conquistou o quinto ouro olímpico na história nacional, enquanto Pimenta foi o quinto a conseguir duas medalhas na maior competição desportiva planetária, com outros destaques, como o veterano João Vieira ou as estreantes Liliana Cá e Catarina Costa.

Num Estádio Olímpico vazio, Pichardo confirmou não ter rival no triplo salto e venceu com 17,98 metros, deixando o segundo classificado, o chinês Yaming Zhu, a 41 centímetros, e o terceiro, Huges Fabrice Zango, que deu a primeira medalha da história ao Burkina Faso, a 51.

No mesmo triplo salto, Patrícia Mamona conquistou a prata e conseguiu, em dois saltos, fazer evoluir o recorde nacional em invulgares 35 centímetros, feito que a fez entrar no restrito clube dos 15 metros.

Com 15,01 metros, a atleta, então com 32 anos, só foi batida pela venezuelana Yulimar Rojas, bicampeã do mundo, com 15,67 metros, um novo recorde mundial.

Para a história entrou o canoísta Fernando Pimenta, que, com o bronze em K1 1.000 metros, após o dececionante quinto lugar no Rio2016, se juntou a Carlos Lopes, Rosa Mota e Fernanda Ribeiro, lendas do atletismo nacional, e ao cavaleiro Luís Mena e Silva, como únicos portugueses com duas medalhas olímpicas.

Jorge Fonseca chegou a Tóquio como bicampeão do mundo de -100 kg, mas, limitado com cãibras na mão, acabou por perder nas meias-finais, a poucos segundos do final, diante do sul-coreano Cho Guham. Venceria, depois, o canadiano Shady Elnahas na disputa pelo bronze.

Aos 45 anos, e na sexta participação olímpica – a uma de igualar o recordista João Rodrigues, da vela -, João Vieira, vice-campeão do mundo, conseguiu um quinto lugar nos 50 quilómetros marcha, a somente 1.20 minutos do vencedor, o polaco Dawid Tomala, no que foi o seu melhor desempenho olímpico, depois do 10.º nos 20 quilómetros em Atenas-2004.

Liliana Cá, de 34 anos, mostrou-se a Portugal com o apuramento para a final do lançamento do disco, na qual conquistou a quinta posição, o melhor resultado de sempre de uma portuguesa na disciplina.

A judoca Catarina Costa, em -48 kg, também estreante, foi quinta classificada, bloqueada na luta pelo bronze pela mongol Urantsetseg Munkhbat, quarta do mundo, sendo que pelo caminho se notabilizou ao afastar a detentora do título olímpico, a argentina Paula Pareto.

Auriol Dongmo também esteve perto das medalhas no lançamento do peso, mas, com um lançamento de 19,57 metros, ficou a apenas cinco centímetros do bronze.

Alguns jovens atletas tiveram desempenhos promissores, sobretudo a surfista Yolanda Hopkins (quinta), a ciclista Maria Martins, sétima no omnium na pista, e o skateboarder Gustavo Ribeiro (oitavo).

Pela primeira vez Portugal teve uma equipa numa modalidade coletiva de pavilhão, com a seleção de andebol a terminar na nona posição, depois de somar apenas um triunfo em cinco encontros, com a surpreendente derrota com o Japão a deixá-la fora dos quartos de final.

Portugal concluiu Tóquio-2020 com quatro medalhas, uma de ouro, uma de prata e duas de bronze, num total de 11 diplomas - classificações entre o quarto e o oitavo lugar -, bem como 36 desportistas nos 16 primeiros.

Os portugueses

- ANDEBOL:

Equipas (M) Luís Frade 9.º

Alexis Borges

André Gomes

António Areia

Daymaro Salina

Diogo Branquinho

Fábio Magalhães

Gilberto Duarte

Gustavo Capdville

Humberto Gomes

João Ferraz

Miguel Martins

Pedro Portela

Rui Silva

Victor Iturriza

- ATLETISMO:

50 km marcha (M) João Vieira 5.º (DIPLOMA)

Triplo salto (M) Pedro Pichardo 1.º (OURO)

Nelson Évora 27.º

Tiago Pereira 16.º

Peso (M) Francisco Belo 16.º

100 metros (M) Carlos Nascimento 45.º

400 metros (M) Ricardo dos Santos 39.º

Maratona (F) Carla Salomé Rocha 30.ª

Sara Catarina Ribeiro 70.ª

Sara Moreira desistiu

Triplo salto (F) Patrícia Mamona 2.ª (PRATA)

Evelise Veiga 19.ª

Disco Liliana Cá 5.ª (DIPLOMA)

Irina Rodrigues 25.ª

Peso Auriol Dongmo 4.ª (DIPLOMA)

20km marcha (F) Ana Cabecinha 20.ª

400 metros (F) Cátia Azevedo 17.ª

100 metros (F) Lorène Bazolo 25.ª

200 metros (F) Lorène Bazolo 20.ª

1.500 metros (F) Marta Pen 19.ª

Salomé Afonso 37.ª

- CANOAGEM:

K1 1.000 (M) Fernando Pimenta 3.º (BRONZE)

K4 500 (M) Emanuel Silva 8.º (DIPLOMA)

João Ribeiro

Messias Baptista

David Varela

K1 200 (F) Teresa Portela 10.ª

Joana Vasconcelos 23.ª

K1 500 (F) Teresa Portela 7.ª (DIPLOMA)

Joana Vasconcelos 37.ª

K1 slalom (M) Antoine Launay 11.º

- CICLISMO:

Fundo (M) João Almeida 13.º

Nelson Oliveira 41.º

Contrarrelógio (M) João Almeida 16.º

Nelson Oliveira 21.º

Pista/Omnium (F) Maria Martins 7.ª (DIPLOMA)

Cross country (F) Raquel Queirós 27.ª

- EQUESTRE:

Ensino (equipas) Maria Caetano 8.º (DIPLOMA)

Rodrigo Torres

João Miguel Torrão

Ensino (indiv.) Maria Caetano 27.ª

Rodrigo Torres 16.º

João Miguel Torrão 29.º

Saltos Luciana Diniz 10.ª

- GINÁSTICA:

Trampolins (M) Diogo Abreu 11.º

Artística (F) Filipa Martins 43.ª

- JUDO:

-48 kg (F) Catarina Costa 5.ª (DIPLOMA)

-52 kg (F) Joana Ramos 17.ª

-57 kg (F) Telma Monteiro 9.ª

-70 kg (F) Bárbara Timo 9.ª

-78 kg (F) Patrícia Sampaio 9.ª

+78 kg (F) Rochele Nunes 9.ª

-100 kg (M) Jorge Fonseca 3.º (BRONZE)

-81 kg (M) Anri Egutidze 17.º

- NATAÇÃO:

200m estilos (M) Gabriel Lopes 21.º

Alexis Santos 28.º

800m livres (M) José Paulo Lopes 23.º

400m estilos (M) José Paulo Lopes 20.º

100m costas (M) Francisco Santos 28.º

200m costas (M) Francisco Santos 22.º

1.500m livres (F) Tamila Holub 22.ª

Diana Durães 23.ª

800m livres (F) Tamila Holub 25.ª

200m mariposa (F) Ana Catarina Monteiro 11.ª

Águas abertas (M) Tiago Campos 23.º

Águas abertas (F) Angélica André 17.ª

- REMO:

LM2X (M) Pedro Fraga 13.º

Afonso Costa

- SKATE:

Street (M) Gustavo Ribeiro 8.º (DIPLOMA)

- SURF:

Masculinos Frederico Morais Doença

Femininos Teresa Bonvalot 9.º

Yolanda Sequeira 5.º (DIPLOMA)

- TAEKWONDO:

-58 kg (M) Rui Bragança 11.º

- TÉNIS:

Individual (M) Pedro Sousa 33.º

João Sousa 33.º

Pares (M) Pedro Sousa 17.º

João Sousa

- TÉNIS DE MESA:

Individual (F) Fu Yu 17.ª.

Shao Jieni 33.ª.

Equipas (M) Marcos Freitas 9.º

Tiago Apolónia

João Monteiro

Individual (M) Marcos Freitas 9.º

Tiago Apolónia 33.º

- TIRO COM ARMAS DE CAÇA:

Fosso olímpico (M) João Paulo Azevedo 20.º

- TRIATLO

Masculinos João Silva 23.º

João Pereira 27.º

Femininos Melanie Santos 22.ª

- VELA:

49er (M) Jorge Lima 7.º (DIPLOMA)

José Costa

470 (M) Diogo Costa 15.º

Pedro Costa

Laser Radial (F) Carolina João 34.ª