Ana Peleteiro não conseguiu revalidar a medalha conquistada nos Jogos Olímpicos de Paris, apesar da ausência da venezuelana Yulimar Rojas, recordista mundial e principal favorita ao ouro se estivesse disponível. Esta ausência por lesão aumentou as hipóteses das restantes concorrentes, mas nem mesmo esta circunstância permitiu à atleta espanhola melhorar o seu sexto lugar (o seu melhor tempo foi 14,59m, abaixo do seu recorde pessoal).
"Nos últimos dias, tenho recebido mensagens de ódio e insultos, já que muitos meios de comunicação social estão a aproveitar o meu momento mediático para publicar declarações antigas e completamente fora de contexto. Como já disse, estou muito orgulhosa de toda a época que tive e da minha carreira profissional, e este foi apenas um resultado na minha carreira que faz parte de mais um sonho realizado", explicou no texto.
Ana continuou com a seguinte declaração: "Estou a fazer esta declaração para pedir desculpa se alguém se sentiu ofendido em algum momento, nunca foi a minha intenção. Sempre tentei defender um desporto livre de racismo e desigualdade de género, e é por isso que continuarei a lutar todos os dias. Tenho plena consciência de que uso frequentemente o sarcasmo e a ironia e que isso me pode pregar partidas, mas acho que este linchamento é completamente descabido", acrescentou.
"Quero também pedir respeito para mim, mas sobretudo para a minha família. Nunca vou perceber como é que alguém pode ser tão infeliz para promover o ódio desta forma, por mais maravilhosa que a vida seja. Naturalmente, esta situação já está nas mãos da minha equipa jurídica. Aos milhares de pessoas que estão felizes por mim, agradeço-vos infinitamente. Sinto-me muito sortuda, no final do dia, o amor vence sempre!", concluiu.