Paris-2024: Atletas dividem-se entre promessas de medalhas e de trabalho
“Estou a trabalhar para este momento já há alguns anos. Sinto que evoluí bastante. Sinto-me bastante confiante e vamos ver o que Paris nos reserva”, disse aos jornalistas Gustavo Ribeiro, à margem da apresentação da Missão portuguesa a Paris-2024.
Considerando ser “bastante possível” trazer uma medalha da sua segunda participação olímpica, o skater, que foi oitavo na estreia da modalidade nos Jogos, em Tóquio-2020, colocou mesmo o seu nome entre os três principais candidatos a dar uma alegria a Portugal: “sem dúvida alguma”.
“Ainda ando a estudar o skate park, já sei as manobras que vou fazer, já tenho um plano traçado e vamos ver como vai correr”, revelou.
Se Ribeiro - que agora só quer manter o processo que tem vindo a fazer desde há alguns meses, descansar e manter a cabeça “saudável” antes de entrar em competição - ambiciona uma medalha, a estreante Vanessa Marina não lhe fica atrás.
“Um bom resultado é a medalha, não é? Eu acho que sou boa naquilo que faço, se não, não chegaria até aqui. Ser um bocadinho underdog é uma coisa que me agrada. Temos países muito fortes, principalmente com dois representantes, Portugal é o único que tem um representante e eu adoro estar nesta situação”, assumiu a b-girl, que vai representar Portugal na estreia do breaking em Jogos Olímpicos.
Também Yolanda Hopkins, quinta classificada em Tóquio-2020, sonha com uma medalha.
“Mesmo em Tóquio, eu já tinha esse sonho. Ficou um bocado curta a minha viagem, mas estou a ir para o Taiti com a medalha de ouro na cabeça”, voltou a dizer.
Agora, depois de ter viajado para o Taiti e conhecido a famosa onda de Teahupo'o, a surfista de 26 anos ainda está mais confiante: “Eu adoro a onda, a onda é incrível. É mesmo o meu tipo de onda”.
“Vou sempre com a mesma ideia e digo a toda a gente que conheço que quero a medalha, e não quero mais nada sem ser a medalha de ouro”, vincou.
Já a estreante Maria Inês Barros, apurada no fosso olímpico, prefere não “projetar expectativas”, de modo a não colocar mais pressão nos seus ombros.
“Espero fazer o meu melhor e que isso me leve mais longe, às finais. É o meu objetivo”, indicou a campeã europeia de tiro com armas de caça (trap), assumindo esperar divertir-se e fazer um bom trabalho.
Prestes a cumprir a terceira participação olímpica, a ginasta Filipa Martins quer “um bom resultado”, enquanto a estreante Susana Godinho Santos, que vai correr a maratona, gostava de bater o seu recorde pessoal.
“Sei que vai ser difícil, porque o percurso não é fácil”, concluiu.
Os Jogos Olímpicos Paris-2024 decorrem entre 26 de julho e 11 de agosto, com Portugal a estar representado por 73 atletas, de 15 modalidades.