Sifan Hassan (31) ficou em segundo lugar na sua prova, com o tempo de 14 min 57 seg 65, logo atrás de Faith Kipyegon do Quénia (14:57.56). A etíope Gudaf Tsegay, detentora do recorde do mundo, também se qualificou para a final, marcada para segunda-feira à noite, ao obter o quinto dos oito lugares de qualificação (14:57.84).
A corredora neerlandesa de corta-mato vai tentar completar em Paris uma tripla louca, a da lenda checa Emil Zatopek, que venceu os 5.000 m, os 10.000 m e a maratona nos Jogos Olímpicos de Helsínquia, em 1952. No total, 62,195 km de corrida de alta intensidade esperam-na até domingo, 11 de agosto, dia da maratona feminina.
Como é que é possível combinar estas três provas?
"Tenho quatro corridas, faltam-me três, só fiz uma série. Se é possível, saberei quando terminar a maratona, mas acho que sim", respondeu, dizendo-se "muito nervosa com a maratona".
"É a curiosidade que me leva a fazer todas estas corridas. Quando estou em casa, quero sempre fazer quatro ou cinco provas. E quando estou no estádio, digo a mim própria: Porque é que estou a fazer isto? Porque é que decidi fazer isto? Não devia ter feito isto!", disse a bicampeã olímpico.
Em Tóquio, Hassan tinha tentado outra tripla extraordinária: 1.500m, 5.000m e 10.000m. Vencedora das duas distâncias mais longas, teve de se contentar com o bronze nos 1500 metros, mas tornou-se a primeira atleta a ganhar medalhas nas três distâncias numa única edição dos Jogos Olímpicos.