Atuação de Celine Dion nos Jogos Olímpicos foi um enorme embuste?
A cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos deste verão, em Paris, teve vários momentos espectaculares. Um deles foi a atuação de Celine Dion, do famoso "Hymne à l'amour" de Edith Piaf a partir da Torre Eiffel.
Foi a primeira atuação pública da diva canadiana, de 56 anos, depois de lhe ter sido diagnosticada a doença incurável da síndrome da pessoa rígida. Uma doença que afeta o sistema nervoso central e provoca espasmos e contrações musculares.
Não há cura conhecida para a doença. Desde que foi diagnosticada, Celine Dion teve de cancelar as digressões planeadas e os concertos em Las Vegas, onde tinha um espetáculo regular há vários anos.
Posteriormente, a sua atuação foi também divulgada em vários serviços de áudio e de streaming.
Agora, apenas três meses após a tomada de posse, surgem questões sobre a autenticidade da interpretação de Celine Dion de "L'Hymne à l'amour".
Segundo especialistas contactados pela rádio francesa RMC, Celine Dion não cantou ao vivo na inauguração. Os peritos analisaram a atuação e concluíram que se trata "sem sombra de dúvida" de uma repetição.
"É impossível que o que estamos a ouvir não seja ao vivo", disse ao canal um engenheiro de som, que já trabalhou com Celine Dion.
"O movimento, os tons, a precisão e a compressão... A julgar pelo que ouço e vejo, isto é playback", defendeu.
Durante os Jogos Olímpicos, o organizador garantiu que Celine Dion cantou de facto na Torre Eiffel.
"Ela sonhou em cantar na Torre Eiffel, não em playback, e tem voz para isso", disse o diretor artístico Thomas Jolly na cerimónia de abertura.