Auditoria revela que Jogos Olímpicos de Tóquio custaram mais 20% do que o informado
Um relatório publicado esta quarta-feira revelou que os Jogos custaram 1,7 triliões de ienes (12,1 mil milhões de euros), acima dos 1,42 triliões de ienes comunicados por Tóquio-2020 no início deste ano.
O conselho de auditoria afirmou que os organizadores não tinham incluído algumas despesas governamentais ligadas às Olimpíadas, incluindo medidas antidoping, treino de atletas, comida japonesa na aldeia dos atletas e no estádio olímpico.
O relatório exorta o governo, no futuro, a "revelar os custos totais de forma atempada quando está substancialmente envolvido num evento de grande envergadura".
A proposta de 2013 para os Jogos de Tóquio estimava que o evento custaria apenas 734 mil milhões de ienes, mas os custos dispararam, em parte devido ao atraso causado pela pandemia e pelas medidas adicionais de saúde.
Questionado sobre os custos esta quinta-feira, o porta-voz do governo Hirokazu Matsuno disse aos jornalistas que "o governo leva a sério as questões levantadas e responderá adequadamente", sem oferecer detalhes.
Os Jogos foram realizados um ano depois do previsto devido à pandemia - os primeiros Jogos Olímpicos adiados em tempo de paz - e os espetadores foram impedidos de aceder a quase todos os eventos, que foram realizados sob rigorosas medidas face à COVID-19.
Os procuradores japoneses estão atualmente a investigar uma série de alegações de fraude, associadas a acordos de patrocínios nos Jogos de Tóquio.
Na quinta-feira, um ex-executivo de uma grande empresa de vestuário compareceu em tribunal para responder sobre alegações de suborno aos funcionários dos Jogos de Tóquio-2020 e admitiu oferecer dinheiro para garantir os direitos de patrocínio da sua empresa, disse a emissora nacional NHK.