Bagnaia perto do primeiro título na última corrida da época de MotoGP em Valência
O piloto da Ducati chega à 20.ª e última corrida da época em Valência com uma imponente vantagem de 23 pontos sobre o campeão em título, Fabio Quartararo.
Por seu lado, o piloto português Miguel Oliveira vai despedir-se da KTM ainda com esperanças de chegar ao oitavo lugar, embora tenha de roubar 10 pontos a Alex Rins. Em 2023, o almadense estará aos comandos de uma Aprilia, ao serviço da equipa RNF.
Voltando à disputado pelo título, Quartararo pode, tecnicamente, chegar ao título se conduzir a sua Yamaha à vitória, mas Bagnaia teria que ter uma tarde de pesadelo para não conseguir os dois pontos que necessita para assegurar a coroa.
Terminar em 14.º seria suficientemente positivo porque Bagnaia ganhou sete corridas contra as três de Quartararo (quatro se ganhar no domingo), o que significa que venceria se terminassem a época em igualdade pontual.
“Chego a Valência calmo e sereno”, começou por dizer Bagnaia, que fez uma recuperação fantástica para recuperar de um défice de 91 pontos a meio da época.
Se tudo correr bem no domingo, será o responsável pela maior recuperação na história do MotoGP.
“O circuito Ricardo Tomo é uma pista onde fomos rápidos o ano passado e, no papel, adequa-se às características da nossa moto”, apontou.
Importa, porém, fazer uma pequena advertência a esta confiança italiana: em 2006, Rossi, então líder, entrou na última corrida com uma vantagem de oito pontos sobre Nicky Hayden. Mas o italiano caiu enquanto o norte-americano chegou em terceiro para conquistar o seu único título mundial.
“Vou dar 100%”
“Pecco”, como Bagnaia é universalmente conhecido graças à incapacidade da irmã dizer o seu nome quando nasceu, poderia ter assegurado o título há duas semanas na Malásia. Cumpriu a sua parte ao vencer a corrida, mas Quartararo honrou o estatuto de campeão em título ao terminar em terceiro e adiar a luta pelo título para a última corrida da época.
“Ganhar o campeonato será muito difícil agora. Darei, obviamente, 100%, como sempre, mas não me vou debruçar demasiado sobre o título de campeão”, admitiu o francês de 23 anos.
Atrás deles, o piloto espanhol Aleix Espargaró (Aprilia), terceiro na geral, vai tentar segurar o italiano Enea Bastianini (Ducati-Gresini), que está apenas a um ponto.
O australiano Jack Miller (Ducati) está, matematicamente ainda na luta pelo pódio geral, mas a 23 pontos de distância de Espargaró e a 23 de Bastianini, reduzem ao mínimo as suas hipóteses.
Mesmo que já não tenha possibilidade de terminar no pódio geral, Marc Marquez, seis vezes campeão do Mundo, está ansioso por terminar a temporada com um ramo de flores e acrescentar mais uma às suas duas vitórias em Valência. O piloto da Honda terminou em sétimo lugar em Sepang, na última corrida, e gostaria muito de registar uma primeira vitória da época, a 60.ª ao mais alto nível, em casa, em Espanha.
“Valência vai adequar-se melhor à nossa moto do que Sepang, pelo que espero estar mais perto da liderança. É um circuito onde tive bons resultados no passado”, disse o espanhol, cuja temporada foi prejudicada por lesões que o obrigaram a falhar quase metade dos Grandes Prémios.