Opinião: A geração de ouro da Alemanha no basquetebol veio para ficar
Os heróis germânicos do basquetebol estão a começar a carreira, como os berlinenses Franz e Moritz Wagner (26). Do clube da escola em Prenzlauer Berg e da equipa de jovens da ALBA, o seu caminho levou-os até à NBA para os Orlando Magic e agora ao lugar principal do pódio no Campeonato do Mundo em Manila. Os irmãos Wagner podem deixar a sua marca numa geração, tal como os irmãos Gasol e Hernangomez deixaram na espanhola.
Schröder e Theis no auge da carreira
Os alemães de ouro incluem mais dois irmãos - embora apenas em espírito. Dennis Schröder e Daniel Theis já jogavam juntos quando tinham 14 anos na formação do Braunschweig. Alguns anos mais tarde, também foram atraídos para a NBA. Aos 29 e 31 anos, respetivamente, atingiram o auge das suas capacidades, mas estão longe de o ter ultrapassado. Na seleção germânica, vão continuar a ser um eixo importante durante mais alguns anos.
As outras figuras, como Andi Obst (27 anos), Johannes Voigtmann (30 anos) ou Johannes Thiemann (29 anos), também ainda têm muito a render, sem falar de Isaac Bonga, que tem apenas 23 anos. O núcleo da equipa pode continuar a crescer em conjunto durante os próximos anos. Com Gordon Herbert, a Federação Alemã de Basquetebol (DBB) encontrou o técnico perfeito para acrescentar novas peças ao quebra-cabeça. O canadiano-finlandês está a moldar a cultura e a coesão da equipa.
Conto de fadas do verão ou o início de uma era?
O conto de fadas do verão em Manila não tem de ser um sopro. No próximo ano, há os Jogos Olímpicos de Paris, onde a Alemanha voltará a figurar entre os candidatos a medalhas. O mesmo se aplica ao EuroBasket 2025 ou ao Campeonato do Mundo de Basquetebol de 2027, no Catar.
Este Campeonato do Mundo mostrou que foram sobretudo as equipas bem ensaiadas e homogéneas, como a Sérvia, a Alemanha ou a Letónia, que tiveram sucesso. Os Estados Unidos ou o Canadá tiveram problemas com os elementos recém-chegados e de recurso. A continuidade compensa e a química da equipa ainda mais. Os franceses desorganizaram-se nos bastidores, os eslovenos meteram-se demasiadas vezes com os árbitros e os dirigentes.
Com a geração de ouro, o espírito de equipa e a elevada qualidade em todas as posições, podemos esperar ver os alemães em fases decisivas nos próximos anos. Mas agora importa aproveitar o momento, o maior da história do basquetebol alemão.