Selecionador português de basquetebol espera jogo “à pele” com a Eslovénia
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"É uma competição alargada, mas muito curta em termos de jogos. Não temos noção de qual será o jogo mais importante. É o próximo, não há outra maneira de encarar isto”, observou Mário Gomes, em declarações à comunicação social, na véspera do encontro da terceira jornada do Grupo A, em Almada, com início às 19:00.
A fase de apuramento tem a duração de um ano, mas Portugal disputará apenas seis jogos durante esse período, num agrupamento que integra também a seleção de Israel, com a qual a equipa das ‘quinas’ perdeu, por 72-70, em Odivelas, e da Ucrânia, à qual se impôs, por 79-77, em Riga.
“Perdemos um jogo em casa, ganhámos um jogo fora. Podíamos ter duas vitórias, mas também podíamos ter duas derrotas. Contra Israel, jogámos basquetebol suficiente para ganhar, mas falhámos numa coisa fundamental: a percentagem de lançamentos de três pontos. Fizemos 9%. Com uma má percentagem tínhamos vencido, com uma péssima não conseguimos”, lamentou Mário Gomes.
O selecionador, de 67 anos, espera maior eficácia na dupla jornada com a Eslovénia (as duas seleções voltarão a encontrar-se na segunda-feira, em Koper), “uma equipa em que o jogo exterior é preponderante em relação ao jogo interior”, na qual todos os jogadores exteriores “penetram e lançam de três pontos com eficácia”.
“O jogo em campo aberto, quer defensivo, quer ofensivo, pode ser decisivo. Eles são muito fortes na transição ofensiva, mas têm debilidades na transição defensiva. O que temos de fazer? Obrigá-los a jogar cinco contra cinco em meio campo e fazer pontos em contra-ataque”, assinalou.
Mário Gomes destacou também a importância que o domínio da tabela assume em jogos equilibrados, advertindo que é fundamental a formação portuguesa “fazer chegar a bola à área restritiva, seja por drible, seja por passe, porque, mesmo que não se consiga concretizar logo, a pressão defensiva diminui e os lançadores ficam mais abertos”.
O poste Miguel Queiroz, de 33 anos, também acredita num triunfo no confronto de sexta-feira com a Eslovénia, que se impôs com alguma naturalidade à Ucrânia (87-73) e a Israel (88-79) e é presença habitual nas grandes competições internacionais.
“É uma equipa muito física, com jogadores muito grandes. O jogo, hoje em dia, está muito mais virado para o perímetro e a Eslovénia tem jogadores fortíssimos nas posições interiores, mas também temos as nossas armas”, sustentou.
Miguel Queiroz lembrou que “a seguir à derrota com Israel veio uma grande vitória contra a Ucrânia” e que a equipa lusa “mostrou que não é como se cai, é como se levanta”, com o olhar fixo no apuramento para o torneio continental: “Ganhando amanhã (sexta-feira), ficamos um bocadinho mais próximos”.
Portugal ocupa o terceiro lugar do Grupo A, com três pontos, em igualdade com Israel, segundo classificado, ambos atrás da Eslovénia, que lidera, com quatro pontos, enquanto a Ucrânia está na quarta e última posição, com dois.
Os três primeiros posicionados de cada um dos oito grupos de qualificação apuram-se para a fase final do Eurobasket de 2025, que vai decorrer entre 25 de agosto e 14 de setembro de 2025, na Letónia, Chipre, Finlândia e Polónia.