Basquetebol: Copper Flagg, o adolescente que brilha no estágio da seleção dos EUA
The Avengers ("Os Vingadores"), a equipa de basquetebol dos Estados Unidos que vai disputar os Jogos Olímpicos no final de julho e início de agosto, preparam-se há vários dias nas instalações da Universidade do Nevada para recuperar o respeito que perderam no Campeonato do Mundo do ano passado, onde terminaram em quarto lugar, com uma prestação desastrosa.
Para entrar no ritmo, Steve Kerr e a sua equipa técnica criaram uma equipa contra quem treinador durante o estágio. Essa equipa, denominada Select Team, é composta por jovens jogadores da melhor liga do mundo, veteranos que jogam na Europa e um adolescente que... ainda está no liceu!
O nome do miúdo é Cooper Flagg e já está a dar que falar. Não é de surpreender que seja uma promessa unânime de cinco estrelas para o Draft da NBA de 2025 e, até agora, diz-se que está a ser o melhor nestes dias de preparação repletos de estrelas.
As redes sociais também têm feito eco sobre a prestação do extremo em Las Vegas e todos concordam que o seu potencial é enorme.
Projetado como escolha nr.º 1
Mas o que sabemos sobre Cooper Flagg exceto o que tem feito com a Team USA? Bem, ele nasceu no Maine em 2006 e desde que deu os primeiros passos no basquetebol criou muitas expectativas. No liceu, jogou pela primeira vez no Nokomis Regional, em Newport. Nos últimos anos, esteve inscrito na Montverde Academy, na Florida.
Dado o seu desempenho, especulou-se que entraria no Draft de 2024 sem passar pela faculdade, mas acabou por decidir assinar com a Duke. Lá, terá um ano para continuar a melhorar enquanto enfrenta os melhores jogadores jovens dos Estados Unidos, na NCAA.
Se nada mudar, e não houver lesões, Flagg deve chegar à NBA em 2025 como a escolha nr.º 1 do draft. Pelo que vimos, dá a sensação de que mais de uma franquia poderá tentar fazer tanking no próximo ano para ficar com uma das primeiras escolhas no draft.
Entre os seus pontos fortes contam-se, sobretudo, a versatilidade que advém da excelente condução de bola, a capacidade de marcar de qualquer parte do campo e a visão quando se trata de criar situações favoráveis para os colegas de equipa.
Nos vídeos que vazaram do estágio olímpico, vimo-lo dominar em muitos aspectos com os seus 2,06 m de altura. Teve dificuldades principalmente contra Jrue Holiday, um dos melhores defesas da NBA, que teve de defendê-lo e ainda assim sofreu pelo menos 14 pontos do talentoso adolescente, incluindo um tiro de três pontos do canto e um afundançao após ressalto ofensivo.
Surpreendido, mas adaptado
A verdade é que Cooper Flagg não escondeu a surpresa com a chamada para treinar com os EUA. "Foi uma surpresa, na verdade, porque não é normal", disse à ESPN. No entanto, mostor-se confiante após os primeiros instantes: "Assim que a bola está em jogo, é apenas basquetebol no final das contas", disse.
A mentalidade do jogador de Newport, rodeado de todos os ídolos, alguns deles lendas, é a de um rapaz que pretende deixar a sua marca na NBA. A normalidade com que se comportou fez com que todos o recebessem de braços abertos: "Disseram-me para continuar a trabalhar e manter os pés no chão", disse depois do treino.
No palco internacional, já conhecem a sua arte. Em 2022, participou no Campeonato do Mundo de Sub-17, com apenas 15 anos. Ganhou o ouro com uma média de 9,3 pontos, 10 ressaltos e 1,9 assistências por jogo. Fez também parte do melhor cinco do torneio, que derrotou a Espanha na final (79-67).
O futuro é dele. Os especialistas aventuraram-se a colocá-lo como a melhor perspetiva norte-americana da NBA desde Anthony Davis, com quem treinou no estágio dos Avengers . A capacidade de defender as cinco posições ajuda.
A NCAA já treme com a chegada de Cooper Flagg.