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"Vemo-nos em Paris", disse a base na Saitama Arena, em Tóquio, em 2021. Três anos mais tarde, realizou o seu desejo, estendendo o seu reinado aos Jogos Olímpicos de 2024.
"Quando dedicamos toda a nossa vida e carreira a algo e nos perguntam: 'Porque não te reformas?'. Não o dizem para faltar ao respeito, mas é mais ou menos assim que o encaramos", disse no início do torneio, cansada de responder à sua longevidade (42 anos).
Desde a sua primeira participação nos Jogos de Atenas, há 20 anos, Diana Taurasi nunca perdeu com a camisola dos Estados Unidos nos Jogos Olímpicos. Uma série que partilhou com a sua companheira de equipa Sue Bird até esta última decidir retirar-se com cinco ouros após os Jogos de Tóquio.
"Dee representa tudo para o basquetebol americano", disse a capitã dos EUA, Breanna Stewart, na sexta-feira.
"De quantas das 60 vitórias consecutivas (desde as meias-finais de Barcelona-1992) ela fez parte? Não sei dizer de cabeça, mas continua a responder presente", acrescentou.
A lenda da UConn (três títulos universitários), do Mercury Phoenix (três títulos da WNBA) e da Europa (seis títulos da Euroliga) não tem o papel de líder estatística que teve no Rio de Janeiro, em 2016 (15,6 pontos), mas é um modelo para as suas companheiras de equipa.
Com 11 minutos de média e apenas cinco pontos marcados, primeiro em Lille (primeira fase) e depois em Paris, a Mamba Branca - a sua alcunha, em referência a Kobe Bryant - não foi decisiva na trajetória da equipa dos Estados Unidos.
Los Angeles só na praia
"Apesar de ter um papel diferente daquele que desempenhou na sua primeira passagem, é uma das melhores jogadoras de todos os tempos e estamos felizes por partilhar o tempo com ela no campo. Vamos ganhar por ela", acrescentou Stewart sobre a maior pontuadora da WNBA, com 10.447 pontos.
A californiana tem dois filhos com a australiana Penney Taylor, antiga companheira de equipa das Mercury Phoenix, tendo sido sua adversária nas finais dos Jogos de 2004 e 2008.
Foi o "ídolo" de Gabby Williams, a americana que vai liderar a equipa anfitriã no domingo, que também passou por UConn.
"Ela foi uma das razões pelas quais eu fui para lá, quando eu era pequena ela era o ídolo de toda a gente", disse Williams antes dos Jogos.
"É realmente a mentalidade dela que faz a diferença, Black Mamba, a mentalidade de Kobe", observou a francesa nº 15. "Mas fora do campo ela é uma pessoa completamente diferente", acrescentou.
A sua personalidade foi referida pela líder do ataque norte-americano em Paris, A'ja Wilson, depois de vencer a Nigéria nos quartos de final (88-74).
"O que eu gosto é que ela não muda. Ela sempre foi muito consistente em tudo o que fez, isso é um sinal de grandeza. Estou muito feliz por lhe chamar colega de equipa, por desfrutar das suas piadas e da sua excentricidade", disse a jogadora, que tem uma média de 20 pontos por jogo nos Jogos.
Taurasi soltou um "até Los Angeles" para a imprensa, referindo-se aos Jogos de 2028, durante a preparação. Antes de acrescentar: "Na praia com uma cerveja".