Paris-2024: A missão impossível do Brasil contra os EUA nos quartos do basquetebol masculino
A Bercy-Arena despede-se da magia de Simone Biles e traz os cestos para acolher uma "Super Terça" masculina, um dia com os quatro duelos dos quartos de final, depois de uma primeira fase disputada em Lille.
Os Estados Unidos mostraram ser muito superiores, não dando hipóteses aos adversários, liderados pelos eternos LeBron James, Stephen Curry e Kevin Durant.
No entanto, não se podem dar ao luxo de perder o rumo. No terceiro dia, estavam a perder por um ponto com Porto Rico ao fim de 14 minutos. Até que LeBron decidiu dar um toque para despertar as tropas e acelerar para a vitória.
Espaço para melhorias
"Podemos começar melhor, é algo que temos de melhorar", disse James.
"Os nossos adversários estão a apanhar muitos ressaltos ofensivos, por isso temos de continuar a tentar jogar duro e tentar garantir que as equipas não consigam igualar o jogo com as posses de bola extra que lhes damos", acrescentou o treinador Steve Kerr.
A legião de estrelas da NBA vai defrontar nos quartos de final uma equipa brasileira cujo único jogador de grande nível é Gui Santos, companheiro de equipa de Curry e discípulo de Kerr nos Golden State Warriors, com quem disputou apenas 20 jogos.
Jokic contra a Austrália
Ao seu lado, outros jogadores que já jogaram na NBA, como Raul Neto, o capitão Marcelinho Huertas, um jogador fundamental aos 41 anos, e Bruno Caboclo, espetacular contra o Japão (102-84) na vitória que abriu as portas dos quartos de final, com 31 pontos e 17 ressaltos.
É suficiente para ter hipóteses? "Para ganhar uma medalha de ouro, independentemente do ano que se escolhe, sem contar com a equipa de 1992 - a Dream Team de Michael Jordan e Magic Johnson - vai haver sempre uma batalha difícil. Se os lançamentos não entrarem ou se a outra equipa estiver a jogar de forma inacreditável, temos de dar tudo por tudo para ganhar", avisou Curry.
O vencedor irá defrontar o sobrevivente do Austrália-Sérvia nas meias-finais, um confronto mais equilibrado entre uma equipa experiente da Oceânia com oito jogadores da NBA e os vice-campeões mundiais, liderados pelo MVP Nikola Jokic e pelo capitão Bogdan Bogdanovic.
Anteto contra um rolo compressor
Do outro lado do sorteio, a Grécia de Giannis Antetokounmpo, com uma média de 27 pontos no torneio, sobrevivente do grupo da morte com apenas uma vitória - em detrimento da Espanha - vai enfrentar a Alemanha, atual campeã mundial, pela primeira vez nos quartos de final dos Jogos depois de três vitórias e uma grande exibição contra a anfitriã França.
Dennis Schroder, o melhor jogador do último Campeonato do Mundo, lidera uma orquestra bem afinada, na qual se destacam os Wagner Brothers ("Irmãos Wagner") dos Orlando Magic, Franz e Mo. O primeiro exibiu-se contra a França, marcando 26 pontos e apanhando cinco ressaltos.
"Lamentável e inaceitável"
Os ambiciosos anfitriões tornaram-se na casa com todos problemas, com um confronto público entre o extremo Evan Fournier e o treinador Vincent Collet sobre a abordagem."Lamentável e inaceitável", disse o treinador sobre a intromissão do jogador.
Com estes ingredientes, sem que a aliança entre os gigantes Victor Wembanyama e Rudy Gobert tenha dado o resultado esperado, a equipa da casa defronta o Canadá, a grande alternativa ao ouro, com um trio de jogadores exteriores em plena atividade: a liderança de Shai Gilgeous-Alexander, os pontos de RJ Barrett (21 de média) e a competitividade de Dillon Brooks.
Calendário dos quartos de final (terça-feira, hora de Lisboa):
Alemanha - Grécia (10:00)