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Paris-2024: França de Wembanyama em busca de confiança e da fórmula certa

Jogadores da França durante o jogo contra a Austrália
Jogadores da França durante o jogo contra a AustráliaAFP
A seleção francesa de basquetebol vai ter o seu primeiro jogo dos Jogos Olímpicos, no sábado, 27 de julho, contra o Brasil, em Villeneuve-d'Ascq, à procura de confiança e da fórmula certa, com o principal foco em Victor Wembanyama (20 anos), cujo impacto já é considerável.

Os Bleus, vice-campeões olímpicos, chegaram a Lille na segunda-feira, com uma série de quatro jogos sem vencer, mas não estão preocupados.

"Vamos começar com as coisas sérias, que é talvez onde jogamos melhor. Estou na seleção francesa há 15 anos e nunca aprendi nada com a preparação", disse o capitão Nicolas Batum (35 anos) após a derrota de domingo por 83-82 contra a Austrália, em Orleães.

Sob pressão defensiva

Depois de derrotar a Turquia (96-46) e a Alemanha (90-65), a França desmoronou assim que as coisas ficaram difíceis, enfrentando a mesma Mannschaft mais bem equipada (70-65), a Sérvia (79-67), o Canadá (85-73) e depois a Austrália.

Todos candidatos ao pódio ou mesmo ao título (Canadá, Sérvia), escolhidos propositadamente para mostrar à França o seu verdadeiro nível, uma lição aprendida com o ano passado, em que tiveram uma preparação tranquila antes de caírem na primeira fase do Mundial.

Desta vez, os franceses puderam enfrentar algumas das equipas mais atléticas e esperam tirar partido disso quando defrontarem o Brasil e, depois, o Japão, que provavelmente os colocará sob uma pressão defensiva menor.

"Eles não serão mais fortes, mas (a pressão defensiva) é a principal razão dos nossos problemas ofensivos", disse o técnico Vincent Collet.

A equipa teve dificuldade em organizar o seu jogo e em encontrar os jogadores interiores, a sua principal força ofensiva. O resultado foi um grande número de perdas de bola.

Combinações a serem encontradas

As numerosas rotações de Collet não ajudaram os jogadores a desenvolver automatismos no jogo, pelo que o técnico "continua à procura de cinco jogadores que funcionem, que sejam o mais equilibrados possível e que encontrem uma certa química em campo".

"As coisas começam a surgir, mas são postas em causa quase todos os jogos. Quando começa, não posso dizer qual dos meus jogadores de campo vai ter um bom desempenho ou não", disse o treinador.

Collet continua a procurar a melhor combinação entre os bases puros Frank Ntilikina e Matthew Strazel (com Andrew Albicy atualmente num papel secundário) e Isaïa Cordinier (com um perfil mais defensivo), Nando De Colo e Evan Fournier.

Este último, o melhor marcador da equipa nas últimas épocas, tem falta de ritmo e de precisão, sobretudo a partir da linha dos três pontos (6/22 em todo o período de preparação).

Wembanyama já é indispensável

O setor interior oferece mais garantias, mas Collet continua a procurar a melhor fórmula, que não é necessariamente a combinação das torres gémeas Victor Wembanyama e Rudy Gobert, em que apostava antes do início do período de preparação.

"Defensivamente, ele é bom, mas no ataque é menos eficaz. Temos de o utilizar, mas não de forma sistemática. Temos de encontrar as melhores combinações em diferentes momentos do jogo", sublinhou Collet, elogiando o impacto de Mathias Lessort e Guerschon Yabusele.

Este último, em particular, consegue aproximar Wemby do cesto. Collet quer vê-lo mais vezes e quer que seja assistido "nas melhores condições".

"É o nosso melhor jogador: recebe um tratamento especial dos nossos adversários e precisa disso da nossa equipa", acrescentou o treinador.

O prodígio de San Antonio foi o melhor marcador da fase de preparação para o torneio (18,4 pontos em média) e, no domingo, por pouco não conseguiu um triplo-duplo (17 pontos, 12 ressaltos e oito assistências). Aos 20 anos e na sua primeira temporada na elite, está a provar ser a principal arma dos Bleus.

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