Paris-2024: Joel Embiid desdramatiza os assobios e explica opção pelos Estados Unidos
Naturalizado francês com o objetivo de disputar os Jogos Olímpicos de Paris com os Bleus, o camaronês acabou por optar pelos Estados Unidos, país do qual também tem nacionalidade. Esta reviravolta ainda não foi digerida pelos adeptos franceses, que o assobiam sempre que aparece num campo de basquetebol.
"Foi uma decisão difícil, e foi o nível de conforto que influenciou", explica o jogador nascido em Yaoundé: "Conheço estes tipos (os americanos) há muito tempo e senti-me mais confortável assim. Estava preocupado com o outro lado. Sempre digo que vou para onde o povo me quer, e eles quiseram-me", explicou.
O melhor jogador (MVP) da época de 2023 da NBA ficou comovido com o facto de os jogadores da "Team USA" o apoiarem regular e publicamente: "Significa muito para mim."
Por outro lado, os assobios do público não parecem incomodá-lo: "Sempre gostei disso", disse. As pessoas pensam que é ódio, mas eu vejo-o mais como amor e respeito. Se eu não fosse um bom jogador de basquetebol, não teria este tipo de tratamento. Sinto-me com sorte e é por isso que interajo com eles. Já vi pior, já joguei em ambientes mais hostis. Os dois Gardens (o Madisson Square Garden de Nova Iorque e o TD Garden de Boston). Eu já estive lá".
O poste de 30 anos (2,13 metros) fez a sua melhor exibição desde o início dos Jogos Olímpicos contra os porto-riquenhos: 15 pontos, 3 ressaltos, 2 assistências e 3 turnovers.
Durante todo o jogo, respondeu aos assobios das bancadas do subúrbio de Lille pedindo mais, colocando a mão debaixo da orelha ou levantando o braço.