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Paris-2024: Marcelinho Huertas diz que Brasil pode competir com todos no basquetebol

Huertas teve atendido seu pedido para jogar o Pré-Olímpico
Huertas teve atendido seu pedido para jogar o Pré-OlímpicoAFP
"Obrigado, capitão!", disse o treinador da seleção brasileira masculina de basquetebol, o croata Aleksandar Petrovic, a Marcelinho Huertas, que pediu para voltar à equipa no Pré-Olímpico dos Jogos de Paris-2024. "Podemos competir contra todos", avisou o jogador em entrevista à AFP antes da estreia contra a França, no sábado.

Fundamental na vitória sobre a Letónia, que carimbou o passaporte do Brasil rumo a Paris, Marcelinho vai tornar-se no segundo basquetebolista mais velho a disputar os Jogos, com 41 anos, atrás apenas do argentino Luis Scola, que participou nos Jogos de Tóquio em 2021 com a mesma idade, mas 38 dias a mais.

- Quase duas décadas na seleção brasileira, como mudou o basquetebol e o seu estilo de jogo?

O basquetebol foi mudando pouco a pouco, mas não percebes quando estás a jogar porque te vais adaptando às mudanças, que são graduais. Mas se olharmos para o jogo de hoje e o de há 20 anos, são muito diferentes. Eu mudei também, fisicamente não sou o mesmo de há 20 anos, nem de 10 anos, mas tenho outras virtudes que me permitem jogar a alto nível, embora não tenha as pernas que tinha há 20 anos.

- O que o levou a pedir para jogar o Pré-Olímpico? Como mantém a motivação?

A iniciativa de jogar o Pré-Olímpico foi simplesmente uma questão pessoal, emotiva, do significado do que a seleção brasileira tem para mim...No ano passado, no Mundial, as coisas não acabaram como eu queria e merecia. Decidi, no último momento, que queria voltar a jogar, embora estivesse muito decidido a não fazer isso. A motivação continua, sem ela não seria capaz de render e me divertir na quadra. Tem que ter sempre, seja você jovem, um jogador consolidado ou um veterano. A motivação tem que existir para procura os sonhos e ter sucesso.

- Como é que essa experiência o enriqueceu? O Marcelinho de agora é melhor que o do que jogou nos Los Angeles Lakers (2015-2017)?

Ter vivido muitas batalhas, Jogos Olímpicos, Mundiais, ter uma carreira bastante longa a nível de clubes e seleção...A experiência tem um papel muito importante nessas partidas, principalmente nas eliminatórias. Espero poder estar no meu melhor nível, físico e técnico, também mental, e que tenhamos o rendimento esperado. Nesses jogos muito nervosos, muitas vezes é preciso diminuir a tensão e ter mais tranquilidade do que o habitual, para ganhar jogos equilibrados em que cada ponto pode fazer a diferença.

- O Brasil será o representante sul-americano no torneio olímpico. Com que desempenho sairia de Paris satisfeito?

Não acho que temos que nos dar por satisfeitos com qualquer coisa. Todas as equipas que estão aqui têm um nível muito parecido. É claro que os Estados Unidos são favoritos, mas todos acreditam nas suas chances e todos os jogos terão um valor muito grande, tanto na diferença de pontos como nas eliminatórias. Qualquer detalhe pode levar à luta por medalha ou à eliminação. O Brasil é capaz de competir contra todos e temos que nos preparar para isso.

- Acabou de renovar com o Tenerife até 2026, até quando gostaria de jogar? Em que momento acha que vai pensar em parar?

Renovei por mais dois anos e estou muito feliz por estar num grande clube, numa grande ilha, é a minha casa agora... Estamos muito confortáveis e felizes. Quero aproveitar estes dois anos e o tempo vai dizer quando vou parar. Por enquanto estou bem, com fome e motivação, é isso que vale. Quando chegar o momento, vou saber, mas não coloco uma data. Quero ir com calma. Agora não sei dizer.