Pouco depois de ter perdido uma medalha no Mundial do ano passado, LeBron James colocou mãos à obra para recrutar a melhor equipa possível para os Jogos Olímpicos de Paris (26 de julho a 11 de agosto). O objetivo: conquistar a quinta medalha de ouro consecutiva, a 17.ª da história.
O estrondoso tropeção contra o vizinho Canadá no jogo de terceiro e quarto lugar no Mundial despertaram os instintos competitivos de outras estrelas da NBA, que não tardaram a subir a bordo, como jogadores do calibre de Stephen Curry e Kevin Durant. Tudo o que faltava era completar um plantel que finalmente se confirmou como um dos mais fortes a representar o país nos últimos tempos.
Kawhi Leonard, Jayson Tatum, Anthony Edwards e Tyrese Haliburton são alguns dos 12 nomes da lista. Ao leme está Steve Kerr, treinador dos Golden State Warriors, um franchise praticamente imbatível entre 2015 e 2022, período em que conquistaram quatro anéis graças ao small ball.
Uma das diferenças entre esta expedição olímpica e o Mundial de 2023 é a procura pelo equilíbrio. A presença de Anthony Davis e a nacionalização de Joel Embiid, MVP da NBA em 2023, comprovam isso mesmo. Ambos acrescentam altura debaixo do cesto e têm a capacidade de marcar triplos.
Gerir egos
Numa equipa norte-americana em que LeBron James é o chefe indiscutível e Curry o segundo comandante, é muito importante que o orgulho de alguns, especialmente dos jovens, seja mantido sob controlo. Ter problemas no balneário é, a priori, a única coisa que pode desestabilizar os norte-americanos ao ponto de os deitar abaixo antes de ganharem o ouro.
O primeiro pé fora da argola veio de Anthony Edwards. O extremo dos Minnesota Timberwolves, que liderou o Mundial com 18,9 pontos, 4,6 ressaltos e 2,8 assistências por jogo, parece não ter aceitado totalmente o mandato do King nos primeiros dias do estágio: "Continuo a ser o número 1", disse.
No entanto, esse deslize não deve ser um problema. Tal como aconteceu em Pequim-2008 com a "Redeem Team" ("Equipa da Redenção", ndr) de Kobe Bryant e, em 1992, com a "Dream Team" ("Equipa de Sonho", ndr) de Michael Jordan, os norte-americanos são a equipa a bater nos Jogos Olímpicos de Paris.
Calendário dos EUA
Antes de seguir para a Europa para continuar a preparação em Londres, os comandados de Steve Kerr vão disputar uma partida de alto nível contra o Canadá em Las Vegas (11 de julho, 15:30).
Em Paris, os Estados Unidos estarão no Grupo B, ao lado da Sérvia, do Sudão do Sul e de Porto Rico, que derrotou a Lituânia na final do Torneio Pré-Olímpico.
Veja a seguir a programação dos Vingadores na fase de grupos dos Jogos Olímpcios:
28 de julho: EUA x Sérvia (16:15).
31 de julho: EUA vs. Sudão do Sul (20:00)
3 de agosto: EUA x Porto Rico (16:15)
Convocatória
Esta é a lista com os 12 selecionados por Steve Kerr:
LeBron James - Extremo-poste - Los Angeles Lakers
Stephen Curry - Base - Golden State Warriors
Kevin Durant - Extremo-poste - Phoenix Suns
Joel Embiid - Poste - Philadelphia 76ers
Devin Booker - Base/Extremo - Phoenix Suns
Jayson Tatum - Extremo-poste - Boston Celtics
Anthony Edwards - Segundo base - Minnesota Timberwolves
Anthony Davis - Poste - Los Angeles Lakers
Tyrese Haliburton - Base - Indiana Pacers
Jrue Holiday - Base - Boston Celtics
Bam Adebayo - Extremo-poste - Miami Heat
Kawhi Leonard - Extremo - Los Angeles Clippers
Participações dos Estados Unidos nos Jogos Olímpicos
Em 19 participações, os Estados Unidos ganharam 16 medalhas de ouro, duas de bronze e uma de prata. Em 1980, não participaram no evento de Moscovo devido ao boicote à Rússia.
1936: Ouro
1948: Ouro
1952: Ouro
1956: Ouro
1960: Ouro
1964: Ouro
1968: Ouro
1972: Prata
1976: Ouro
1980: Não participou
1984: Ouro
1988: Bronze
1992: Ouro
1996: Ouro
2000: Ouro
2004: Bronze
2008: Ouro
2012: Ouro
2016: Ouro
2020: Ouro