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Depois dos 36 pontos na complicada meia-final com a Sérvia (95-91), Curry voltou a mostrar porque é, provavelmente, o melhor lançador da história do basquetebol, para desgosto dos gauleses, que chegaram a acreditar numa vitória épica.
O jogador dos Warriors, que entrou nos três minutos finais com quatro triplos marcados, marcou um quinto a 2.45 do fim (85-79), um sexto a 1.51 (90-81), um sétimo a 1.19 (93-84) e um oitavo a 34,5 segundos (96-87). E mandou dormir os franceses.
“A diferença foi Curry, que não envelhece”, reconheceu, no final, o treinador norte-americano, Steve Kerr, elogiando os franceses pela forma como, ao longo de todo o encontro, foram recuperando de desvantagens e equilibrando o jogo.
Curry acabou com o melhor marcador dos norte-americanos, com 24 pontos, culpa dos oito triplos, secundado por 15 pontos, 10 assistências e seis ressaltos do ainda mais veterano LeBron James e 16 pontos de Devin Booker e Kevin Durant.
Na equipa francesa, que, além de Curry, pagou caro os sete lances livres falhados e os 11 ressaltos ofensivos e 31 pontos em contra-ataque dos Estados Unidos, destaque para as atuações de Victor Wembanyama (26 pontos e sete ressaltos), Guerschon Yabusele (20 pontos) e Nando De Colo (12).
Com este triunfo, os norte-americanos conquistaram o quinto ouro consecutivo e 17.º em 21 edições do torneio masculino de basquetebol, enquanto a França repetiu as pratas de 1948, 2000 e 2020, todas em finais perdidas com os Estados Unidos.
LeBron James abriu as hostilidades com um afundanço (0-2), mas os franceses não se intimidaram, longe disso, com Wembanyama a entrar também em grande e a dar sucessivas lideranças aos gauleses (3-2, 7-5 e 11-10).
A parte final do segundo período foi, porém, dos norte-americanos, que, com Anthony Edwards em destaque, acabaram o parcial com cinco pontos de avanço (15-20).
Os gauleses responderam à altura no início do segundo quarto, com um parcial de 10-4, recuperam o comando (25-24) e obrigaram Steve Kerr a parar o jogo, ainda a 7.10 minutos do intervalo.
Melhor nos triplos (nove em 20 na primeira parte, contra três em 16 dos franceses), os Estados Unidos, liderados por Devin Boooker (13 pontos a meio), voltaram, porém, ao comando e chegaram mesmo aos 10 pontos de avanço (36-46 e 39-49).
O intervalo chegou com oito pontos de diferença (41-49), depois de um cesto sobre a buzina de Yabusele, que virou com 15 pontos - incluindo um afundanço na cara de LeBron James, que ficou no póster -, mais dois do que Wembanyama.
Os norte-americanos começaram melhor a segunda metade e fugiram para 14 pontos (47-61), mas, após um desconto de tempo, os franceses voltaram a reagir e encurtaram para seis (59-65), diferença que se mantinha após três períodos (66-72).
No quarto período, os Estados Unidos foram-se mantendo com uma margem confortável (69-80, a 7.01 minutos do fim), mas, apesar de alguns erros, e três lances livres falhados, os franceses colocaram-se a uma posse de bola (79-82).
Com 3.03 minutos para jogar, o ouro ficou tremido, mas, então, e perante o grande momento de Nando De Colo e Wembanyama, apareceu Stephen Curry: marcou um triplo, outro, outro e mais outro e acabou com o encontro.