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Paris-2024: Wembanyama-Gobert, as torres gémeas de França que não se ligam

AFP
Wembanyama e Gobert durante o hino francês
Wembanyama e Gobert durante o hino francêsAFP
Tão grande, tão forte e, por fim, tão dececionante. A ambiciosa dupla Rudy Gobert e Victor Wembanyama da seleção francesa para desafiar os Estados Unidos no torneio do basquetebol não funcionou e pode até separar-se nos quartos de final, esta terça-feira, contra o Canadá.

No papel, a dupla com 2,20 metros de média - 2,16m Gobert e 2,24m Wenbanyama -, respetivamente o melhor defesa e o melhor rookie na época passada da NBA, estava destinada a dominar nos Jogos de Paris-2024.

Mas, na realidade, a sua participação está longe de fazer a diferença. O desempenho defensivo é relativamente bom (4,7 bloqueios por jogo em média), mas não é decisivo.

Os adversários estão a encontrar formas de prejudicar Gobert, quatro vezes eleito Jogador Defensivo do Ano da NBA, e Wembanyama, o melhor bloqueador da época passada.

Ataque ineficaz

No ataque, as torres gémeas não se encontram. Nos jogos de preparação, mostraram lampejos, principalmente com Wemby como passador e Gobert como finalizador perto do aro, uma conexão que se perdeu nos três jogos da fase de grupos no estádio Pierre-Mauroy, em Lille.

Gobert tem uma média de seis pontos, seis ressaltos e três turnovers, muito aquém do duplo-duplo que poderia ter.

O poste de 32 anos está perdido: foi visto demasiadas vezes a driblar longe do aro, uma jogada em que não representa qualquer perigo, quando a sua grande força está no ar, graças ao tamanho e à envergadura de 2,35 metros.

"Preciso de melhorar o meu nível"

Desde o início dos Jogos, o treinador francês Vincent Collet limitou a participação de Gobert a 21 minutos em média, longe dos 31 do capitão Nicolas Batum e dos 30 de Wembanyama.

"Preciso de ter mais impacto em cada minuto que estou em campo, mesmo quando me sento um pouco e volto, preciso de ser capaz de ter um impacto no jogo. Cada jogo é diferente e tenho a certeza de que, para a equipa chegar onde quer estar, tenho de melhorar o meu nível", disse Gobert.

Para além da eficácia de Gobert, a sua presença em campo obriga Wenbanyama a jogar longe do aro e a ter menos influência.

Jogando a cinco, Wemby mostrou nos dois primeiros jogos o perigo que representa, especialmente ao lado de um poste capaz de lançar triplos, como Guerschon Yabusele.

Ambos podem jogar a titular contra o Canadá. Ou será que Gobert vai dar um passo em frente e mostrar o seu estatuto de estrela da NBA?