Steve Kerr e Stephen Curry pedem "controlo de armas" após ataque a Donald Trump
Atualmente em Abu Dhabi, onde a equipa dos Estados Unidos se prepara para os Jogos Olímpicos de Paris (26 de julho a 11 de agosto), Steve Kerr falou à imprensa sobre um "espetáculo terrível e triste". "Duas pessoas morreram e é um dia desmoralizador para o nosso país".
Donald Trump, 78 anos, foi baleado na orelha no sábado durante um comício de campanha em Butler, Pensilvânia (nordeste). O atirador, um homem de 20 anos, e um participante foram mortos e dois espectadores ficaram gravemente feridos no tiroteio.
O treinador americano falou de um "dia terrível" e de um acontecimento sintomático da "nossa divisão política, mas também da nossa cultura de armas".
"Um homem de 20 anos com uma AR-15 (uma espingarda semi-automática) a tentar matar o antigo presidente. É difícil lidar com tudo isso e é assustador pensar no futuro por causa dos problemas que já existem no nosso país", acrescentou.
Em Paris,a equipa dos EUA vai tentar conquistar o quinto título olímpico consecutivo. Os jogadores de Steve Kerr têm ainda dois amigáveis para disputar nos Emirados Árabes Unidos, contra a Austrália e a Sérvia, a 15 e 17 de julho. Referindo-se ao "orgulho" de representar os Estados Unidos, Kerr disse também que tinha "falado com os jogadores sobre a importância de mostrarmos o melhor de nós próprios como seres humanos, de representarmos o nosso país de uma forma respeitosa".
"É ainda mais importante, porque é realmente vergonhoso estarmos aqui sentados a pensar no que aconteceu e no que está a acontecer no nosso país", acrescentou.
Por seu lado, Stephen Curry, estrela dos Golden State Warriors da NBA, também falou de "tempos tristes", referindo-se, em geral, à situação política do país no período que antecedeu as eleições de novembro. Em particular, Curry falou de "coisas que precisam de ser corrigidas", "controlo de armas, em primeiro lugar".
"Queremos esperança", acrescentou. "Parece foleiro quando o dizemos assim, mas é verdade", afirmou Stephen Curry, que espera fazer dos próximos jogos, e em particular dos Jogos, um "momento de união".